A Educação Especial foi tema de audiência pública realizada, nesta segunda-feira (07/03), pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A reunião foi conduzida pelos deputados estaduais Talles Barreto e Coronel Adailton – presidente e vice-presidente da comissão, respectivamente – e contou com a participação da secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli. 

“O conceito de inclusão é ‘todos juntos’, é trazer quem está fora para dentro”, enfatizou Fátima Gavioli ao apresentar os dados do Atendimento Educacional Especializado nas escolas da rede pública estadual de ensino. Para promover essa inclusão são 316 professores de AEE, 4.016 profissionais de apoio, 357 higienizadores e 430 intérpretes envolvidos no atendimento de estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

A secretária também aproveitou para enfatizar ações recentes do Governo de Goiás voltadas especificamente para a Educação Especial como, por exemplo, a destinação de R$ 32 mil em recursos para a padronização de cada uma das 316 salas de recursos multifuncionais. De acordo com Fátima Gavioli, medidas como essa tem tornado a escola pública um dos espaços mais bem preparados para a formação desse público.  

Para o deputado estadual Coronel Adailton, o resultado dessas ações tem refletido nas salas de aula. “Quando vemos esse conceito de inclusão voltado para a integração, para a humanização mesmo, os alunos abraçam”, afirmou. 

Florescer
Na oportunidade, Fátima Gavioli compartilhou com os deputados a notícia da assinatura da ordem de serviço para a reforma e ampliação do prédio do atual Instituto Pestalozzi e que, em breve, abrigará o Centro de Referência Estadual em Educação Especial Florescer. A novidade foi anunciada pelo governador Ronaldo Caiado na manhã desta segunda-feira (7/3), em cerimônia realizada no próprio Centro.

“Essa escola, eu posso dizer para vocês, vai ser um marco para Goiânia e para Goiás em relação ao processo de inclusão”, previu a secretária ao anunciar a novidade. Segundo ela, a previsão é que, após os investimentos de R$ 6,3 milhões, o espaço oferte atendimento pedagógico, psicológico e fonoaudiológico.

Demanda
O encontro serviu, ainda, para que a secretária apresentasse aos membros da Comissão de Educação da Alego a necessidade de alteração na legislação que rege a atuação dos professores de apoio. Segundo ela, há uma demanda pela diferenciação da nomenclatura usada para se referir aos professores regentes, que ministram as aulas regulares, e aos profissionais que atuam no atendimento especializado. 

“Nós queremos que o professor regente seja o professor de toda a sala e que o profissional de apoio seja o que ajuda, o que auxilia o estudante”, afirmou Fátima Gavioli, justificando a necessidade de alteração. Para o presidente da Comissão, deputado Talles Barreto, a mudança deve ser analisada pelo legislativo estadual, junto a grupos específicos ligados à matéria. 

Participantes
Além da secretária da Educação, a superintendente de Organização e Atendimento Educacional, Patrícia Coutinho; a superintende de Modalidades e Temáticas Especiais, Núbia Rejaine; e o Gerente de Educação Especial da Seduc, Weberson de Oliveira; participaram da audiência. Os parlamentares Cairo Salim, Tião Caroço, Wilde Cambão e Thiago Albernaz também participaram da reunião de forma remota.