EE Maria Esther realiza seminário estudantil com o protagonismo dos jovens no Campo

Mato Grosso

27.11.2024

Rayane Alves | Seduc

Estudantes e professores das salas anexas da Escola Estadual Maria Esther Peres, na zona rural do município de Vila Rica, distante 1.266 km de Cuiabá, participam do VI Seminário Estudantil do Ensino Médio do Campo e da II Jornada da Iniciação Científica do Ensino Médio do Campo. As atividades começaram na terça-feira (26) e vai até esta quinta-feira (28).

Mais de 160 estudantes e 21 professores das salas anexas estão tendo a oportunidade de mostrar seus talentos, pesquisas e o conhecimento produzido ao longo do ano letivo, além de suas habilidades em atividades culturais como danças e expressões artísticas. 

A proposta da direção e da coordenação pedagógica da escola é promover a integração dos alunos do campo, apresentar os resultados das pesquisas científicas desenvolvidas pelas turmas, e reforçar a importância da educação contextualizada e humanizadora, com foco nas realidades rurais.

Os dois eventos são momentos culminantes de um trabalho pedagógico que integra professores e alunos na realização de pesquisas científicas, com foco na cultura e nas questões que permeiam a vida no campo.

Os projetos de iniciação científica foram orientados por professores e permitiram que os alunos desenvolvessem habilidades de pesquisa, apresentação e reflexão sobre o contexto rural.

A coordenadora do evento, professora Vânia Horner de Almeida, destacou a importância de contextualizar o ensino com as vivências dos alunos: “Reafirma o nosso compromisso com uma educação que respeita e valoriza a cultura local. Foi emocionante vê-los apresentando suas pesquisas conectadas às suas realidades”.

Os estudantes também refletiram a emoção e a importância de participar de um evento que celebra a pesquisa e a cultura do local onde vivem. Maria Eduarda Ravanelli de Souza, do 1º ano da sala anexa do ‘Beleza’, falou sobre sua experiência ao apresentar a pesquisa.

“Foi inesquecível! Fiquei nervosa, mas ao ver a reação das pessoas ao nosso trabalho, percebi o quanto nossa história e nossa escola são importantes para a comunidade. Essa experiência me fez perceber a relevância de valorizar nossa história”, disse Maria Eduarda.
 
Já Heloisa Gomes de Araújo, que é sua colega de sala, contou como o evento a ajudou a superar inseguranças: “A orientação dos professores foi fundamental. Aprendi a buscar informações, organizá-las de forma clara e, o mais importante, me apresentar em público. Isso fortaleceu minha confiança e minha vontade de continuar aprendendo”.

A professora Eliana Jose da Veiga Almeida contextualizou de forma geral o evento reconhecendo que fortaleceu o vínculo entre os estudantes e a cultura local. “A participação deles é uma forma de valorizar a cultura do campo e de promover a troca de conhecimentos. Isso contribui muito para o fortalecimento da autoestima dos alunos e a valorização da educação na zona rural”.