Bahia
08.11.2022Educadores do Territórios do Vale do Jiquiriçá, Sudoeste Baiano, Bacia do Rio Corrente e do Médio Sudoeste da Bahia, iniciaram nesta segunda (7/11), os Seminários Territoriais – Saberes e Fazeres, que tem como objetivo a socialização de experiências pedagógicas vivenciadas no Plano de Formação Continuada Territorial, promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio do Instituto Anísio Teixeira (IAT).
A quarta edição dos Seminários Territoriais Saberes e Fazeres é realizada presencialmente nos 27 Territórios de Identidade da Bahia até o dia 23 de novembro e traz como tema central ‘Memórias da Formação - 2019 a 2022’. Ainda nesta semana, os encontros acontecem nos Territórios do Velho Chico – NTE02, Piemonte do Paraguaçú – NTE14, Bacia do Jacuípe – NTE15, Semiárido Nordeste II – NTE17 e Litoral Sul – NTE05
“Estou muito feliz e satisfeita com o que a gente vem desenvolvendo ao longo destes 02 anos de parceria, de aprendizados, de muitas contribuições e trocas. A gente espera é que esta formação continuada prossiga, porque a gente tem visto grandes saltos de qualidade na educação a partir dos relatos, transformações e das apresentações que a gente acompanha”, afirmou Patricia Pimentel, integrante da equipe de formadores do IAT.
Integrando a mesa de abertura do encontro em Amargosa Núcleo Territorial de Educação NTE09 – Vale do Jiquiriçá, a secretária de educação do município, Márcia Batista, afirmou que a formação continuada tem sido um dos grandes desafios da educação brasileira e que o regime de colaboração tem significativa importância para o avanço das ações.
“Nós dirigentes municipais sabemos o quanto é desafiador propor um programa de formação de longo prazo e que tenha êxito. Hoje está mais do que comprovado que sozinhos não conseguirmos ir muito longe. Este regime de colaboração, esta parceria entre o Estado e o município, nos faz crescer e ir mais longe”, pontuou.
Também presente, o vice-diretor do Centro de Formação de professores da UFRB, Thiago Rodrigues, parabenizou a formação continuada e afirmou que a mesma é fundamental para o avanço da educação no estado e que e espera que a mesma seja mantida na próxima gestão governamental.
Regime de colaboração como estratégia formativa
“É com muita satisfação e alegria que estamos realizando o nosso seminário territorial, um momento rico e importante no qual poderemos ver o resultado do trabalho que estamos desenvolvendo há 04 anos e que sempre apresenta melhores avanços”, afirmou o coordenador do Núcleo Territorial do Vale do Jiquiriçá, Williams Panfile, ao falar sobre o regime de colaboração como estratégia formativa.
O educador destacou ainda que o Plano de Formação Continuada é uma ação muito exitosa, pois ajuda os educadores a melhorar seus índices e potencializa a aprendizagem dos estudantes, além de ter trazido um saldo positivo, mesmo após o período pandêmico. “Vamos continuar trabalhando para que esse regime de colaboração possa cada vez mais se efetivar de forma coesa e efetiva e torcendo para que o nosso governador possa nos ajudar a melhorar cada vez mais a educação do nosso estado”, analisou.
A secretária de Educação e Cultura do município de Lage, Patrizia Andrade, falou sobre a importância do regime de colaboração e sobre a sua expectativa, enquanto dirigente municipal, acerca do seu fortalecimento. “Precisamos fortalecer as equipes técnicas das secretarias, nossos coordenadores. Quando a gente está unido, ficamos fortalecidos nesta caminhada e quem ganha é a educação de todo o Território. Ganha a educação da Bahia, ganha a educação do Brasil. Portanto, a rede de colaboração não pode deixar de existir. É ela que nos fortalece enquanto município e enquanto Vale do Jiquiriçá”, destacou.
Ressaltando que não é fácil fazer formação continuada, principalmente em um estado tão plural como a Bahia, o educador Marcos Paiva lembrou que o regime de colaboração foi fundamental para fortalecer ainda mais o território Vale do Jiquiriçá e as redes municipais de educação.
“Nosso desafio é consolidar a formação continuada. Temos mais quatro anos para construir esta caminhada e a construção é uma questão de coparticipação. Não adianta nós esperarmos que as coisas venham, porque o construir é participar dos processos formativos, pautar os processos formativos, para caminharmos de fato para o mais difícil que é estarmos cada vez mais fortes no aspecto educacional tanto ao que se refere as redes municipais de ensino quanto as redes estaduais de ensino”, refletiu.
Transformações práticas e efetivas no desenvolvimento das atividades profissionais
Ainda como parte da programação do seminário Saberes e Fazeres, representantes das redes municipais de alguns municípios do NTE 9 compartilharam relatos de transformações práticas e efetivas no desenvolvimento das atividades profissionais e que potencializaram o processo de aprendizado e conhecimento por parte dos estudantes.
Dentre os projetos apresentados esteve o ‘Amaracaatinga’, da rede municipal de Maracás, que utilizou-se da produção de conhecimento em campo para trabalhar a saúde mental dos estudantes, e a ‘Cruzada do Saber’, apresentada pela equipe técnica de Planaltino e que trouxe como premissa o fortalecimento do lugar de ocupância na prática da recomposição da aprendizagem. O projeto tornou possível o aprendizado fora do ambiente da sala de aula, incentivando o trabalho colaborativo, a participação da família, a utilização de jogos e brincadeiras, respeitando sempre o protagonismo do estudante.