Educação para o trânsito e competências socioemocionais são temáticas de projeto em escola

Mato Grosso do Sul

02.06.2022

O mês de Maio encerrou com a mostra de trabalhos dos 6°, 7° e 9º anos do ensino fundamental, da Escola Estadual Dolor Ferreira de Andrade, em Campo Grande. As maquetes produzidas pelos estudantes com materiais recicláveis retratam o trânsito da Capital de Mato Grosso do Sul e chama a atenção da comunidade escolar, do alto índice de mortes e feridos no trânsito, no mês que se tornou referência mundial para balanço destas ações.

Durante as aulas de Projeto de Vida, os estudantes pesquisaram sobre Movimento Maio Amarelo, tema da campanha de 2022 – “Juntos Salvamos Vidas” –, órgãos reguladores, leis, infrações e placas de sinalização. Houve ainda leitura e reflexão das publicações: “A combinação entre estresse e agressividade no trânsito pode ser fatal” (Detran-MS) e “Segurança no trânsito uma iniciativa de perspectiva social” (Campo Grande News), abordando as competências socioemocionais priorizadas.

Competências Socioemocionais

A coordenadora Juliana Aparecida de Paula Silva frisou sobre a relevância e resultados de se trabalhar com os estudantes as habilidades e as Competências Socioemocionais de forma intencional para o enfrentamento dos desafios do século 21 e o papel da família. “Ensinar as nossas crianças e jovens desde cedo a ter uma postura consciente no trânsito é de extrema relevância para termos um trânsito mais seguro e menos violento no futuro. A mudança de comportamento precisa sempre começar por mim. Ter esse entendimento faz toda a diferença”, enfatiza.

 “A Educação para o Trânsito em longo prazo tende a reduzir acidentes porque elevam os níveis de consciência social e responsabilidade individual e coletiva dos estudantes, que atualmente se enquadram na categoria de pedestre. É importante ressaltar que este Tema Contemporâneo não pode ser reduzido à transmissão de regras de trânsito e representação de símbolos e objetos, posto isto os estudantes executaram práticas educativas que abordaram, paralelamente, danos ao meio ambiente”, explica o professor Cesar Floriano.

O Código de Trânsito Brasileiro instituído pela Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, estabelece que a Educação para o Trânsito seja promovida na pré-escola e nas escolas de ensino fundamental e médio por meio de planejamento e ações coordenadas entre entidades dos Sistemas Nacional de Trânsito e de Educação. Por isso, a Educação para o Trânsito está inserida nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica como pertencente à parte diversificada do currículo.

Maio Amarelo

O projeto Maio Amarelo: Educação para o trânsito e as competências socioemocionais, de trabalho interdisciplinar entre Projeto de Vida e Pesquisa e Autoria oportunizou a Recomposição das Aprendizagens, por meio de atividades de leitura, estudo, pesquisa, produção e reprodução de gráficos do RENAEST (Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito), como o Comparativo da quantidade de acidentes por ano, acidentes por condição meteorológica e % acidentes por dia da semana. 

Outro resultado foi a inclusão dos estudantes da Educação Especial com a perspectiva de atender às necessidades educacionais, garantindo condições de acesso, participação, permanência e aprendizagem de todos os estudantes, ante ao desafio em fazer as adaptações de forma a dar condições para o desenvolvimento socioemocional desses estudantes. “Ao longo do mês de maio, as atividades despertaram nos estudantes da Educação Especial, o sentimento de pertencimento à turma, com a inclusão mais assertiva e integrada na prática”, comemora.

Consciência Sustentável

A Educação Ambiental também é um Tema Contemporâneo Transversal da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Segundo Emanuelly Ferreira de Medeiros, as etapas para construção da cidade feita com caixa de leite, papelão, palitos e outros resíduos sólidos estabelece uma correlação com o desenho que esboça as fases do Projeto de Vida da estudante. “Cada etapa do trabalho me ajudou a perceber o processo da construção do meu projeto de vida”, detalha.

A estudante ainda esclareceu que muitos recursos para o desenvolvimento da metodologia foram recolhidos do LEV (Local de Entrega Voluntária), modalidade de coleta seletiva que utiliza estruturas específicas para o acondicionamento de resíduos recicláveis, instalado na instituição de ensino, onde a comunidade escolar, espontaneamente, deposita os recicláveis. “No primeiro olhar tudo aquilo parecia não ter utilidade, mas tornou-se muito preciso e essencial para criar a nossa maquete, a partir da imaginação de cada estudante”, conta.

A Educação Ambiental desenvolvida na escola se constitui pelo princípio de sensibilização e formação crítica de cidadãos conscientes de suas ações em relação ao mundo em que vivem. De acordo com a Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, a Educação Ambiental é entendida como processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente e sustentabilidade. O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho.   

“A Presença Pedagógica no trabalho do professor, dos profissionais de Apoio Pedagógico Especializado e da Coordenação na orientação da prática pedagógica deste projeto evidencia a importância dos Temas Contemporâneos Transversais, por aproximar da realidade do estudante e como resultado engaja, motiva e projeta no centro do processo de aquisição de conhecimento, por meio de Educação por Projetos, Aprendizagem Colaborativa e desenvolve efetivamente as Dimensões Pessoal, Social e Emocional”, finaliza o Diretor Adjunto, José Luiz Moreira Claro Lovato.

Adersino Junior, SED/MS