Educação Integrada é tema de colóquio na CONAE

Conferências

09.01.2015

Em colóquio sobre a educação integrada, ocorrido na 4ª Conferência Nacional de Educação (CONAE), a relação da educação com a cultura, o esporte, a saúde, a ciência e tecnologia e o meio ambiente foram debatidos pela professora e doutora em Educação Lúcia Ceccato, da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), e pelo presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), Paulo Barone.

Lúcia Ceccato afirmou que somente a “educação integrada, articulada e multidimensional permitirá a transformação de si e a construção de outra visão de mundo”. Para ela, a educação integral deve ser vista como uma “educação para inteireza”, que trata-se de uma perspectiva capaz de contribuir com o desenvolvimento e a compreensão da condição de humanos capazes do “biocuidado” - entende-se que o biocuidado é um processo aprendido nas relações dos homens -. “Formar por inteiro: cultural, emocionalmente e profissionalmente, é educação para a inteireza”, ressaltou.

“Não há uma única forma ou modelo de educação. O ambiente formal escolarizado não é o único espaço de educar e pode não ser o melhor”, adicionou Ceccato. É “necessário” entendermos que a educação (cultura) é uma estratégia de construção de “autonomia do sujeito”, esse sujeito está no meio ambiente, precisa de atenção a sua saúde (esporte), tem direito aos bens tecnológicos (ciência) que melhoram sua “qualidade de vida”, finalizou Ceccato.

Já Barone ressaltou as responsabilidades educacionais compartilhadas pelos gestores dos diferentes setores da organização do Estado e pontuou que no que concerne ao setor da educação “estamos avançando lentamente, não há justificativa para o atraso. A educação é um assunto que diz respeito a sociedade. Temos que passar a pensar a educação de forma integrada, como instrumento das políticas públicas”, afirmou.

Representando o Consed na atividade, a secretária adjunta de Estado da Educação de Santa Catarina, Elza Moretto, disse que “o diálogo entre uma escola cidadã e a cidade educadora podem contribuir com construção coletiva, democrática e solidária da educação”.