Sergipe
31.03.2021A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec), selecionou 44 projetos científicos a serem desenvolvidos nas escolas da Rede Pública Estadual de Educação em 2021. As iniciativas foram contempladas por meio do edital n°3/2020, referente ao Programa de Projetos Científicos e Tecnológicos na Rede de Educação Estadual com bolsas remuneradas para professores e estudantes.
Os recursos disponibilizados neste primeiro edital totalizam um montante de R$ 220 mil reais, oriundos do Governo do Estado, por meio da Seduc, e serão distribuídos em auxílios, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por proposta aprovada, com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento e despesas administrativas do projeto, que terá duração máxima de até 12 meses. Além disso, serão oferecidas uma bolsa de Iniciação Científica Júnior da Seduc (IC Jr/SEDUC), por projeto aprovado, no valor de R$ 100,00/mês pelo período de até 12 meses.
De acordo com o professor José Ricardo de Santana, superintendente executivo da Seduc, os resultados dessa parceria já podem ser percebidos por meio do desempenho de estudantes sergipanos em feiras e eventos científicos, nos envolvimentos de professores com projetos e participação de editais. “A Seduc tem o propósito de atuar como suporte e reconhece o importante trabalho já existente, desenvolvido pelos docentes da rede, antes mesmo do início dessas ações por parte da rede”, disse.
Os temas apresentados pelas escolas promovem assuntos diversos, como os títulos “Celebrando-me: Descolonizando saberes no Colégio Estadual Sílvio Romero”; “Quantificando o desperdício de alimentos para conscientizar e reaproveitar os restos de alimentos na horta escolar”; “Quando o saber científico passa pelas mãos”; “: MusiTec: uma proposta de ensino de produção e difusão audiovisual caseira para músicos.”; “Arqueológicos como Ferramenta Pedagógica no Ensino de História e Geografia” e outros.
Para Ronaldo Guimarães, presidente interino da Fapitec, a parceria entre a Seduc e A Fundação no lançamento dessas chamadas é de grande importância para o Estado de Sergipe, pois através das pesquisas selecionadas é possível estimular, cada vez mais, os jovens a desenvolver a ciência, além de proporcionar a melhoria da Rede de Ensino Público no Estado. "A Fapitec parabeniza a Seduc pela ação e como agência fomentadora de Ciência, Tecnologia e Inovação se coloca a disposição para sempre somar em ações como esta", pontuou.
Prática
Um desses projetos será coordenado pelo professor Danilo Oliveira Santos, e desenvolvido com os bolsistas Ana Beatriz Barreto, Diogo Santos Lisboa e Iasmin dos Santos Góis, do Centro de Excelência Abdias Bezerra, localizado no município de Ribeirópolis. Intitulado “Produção de bioplástico para aplicação na agricultura”, o estudo se debruça em investigar e refletir sobre atividades e atitudes desfavoráveis ao meio ambiente, bem como buscar soluções através da produção de materiais com propriedades específicas para a agricultura.
“O plástico é um material muito utilizado pela nossa sociedade. Há uma busca na comunidade científica por materiais que sejam biodegradáveis, que poluem menos o meio ambiente. E nessa pesquisa, a gente pretende trabalhar com a produção de um bioplástico, ou seja, um plástico produzido a partir de resíduos da agricultura”, explicou o professor Danilo.
Na empreitada, os jovens estudantes já estão em fase de pesquisa para identificar no município onde residem qual ou quais resíduos da agricultura são descartados na região que podem ser utilizados para a produção do bioplástico. “Nós vamos utilizar cascas de alimentos. Aquele material que era um resíduo, que seria descartado pela comunidade, nós vamos utilizar para a produção desse bioplástico. Com todos os parâmetros definidos de síntese desse bioplástico, nós vamos tentar produzir alguns materiais, como tubetes, que são recipientes para mudas de plantas. Ao invés de utilizar aqueles sacos de plástico pretos, vamos usar um bioplástico que não vai contaminar o solo”, concluiu o professor.