Educação do Pará reúne com estudantes e discute políticas públicas para grêmios estudantis

Pará

01.03.2024

O secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares, recebeu, na quinta-feira (29), estudantes de 13 escolas estaduais da capital paraense para discutir demandas específicas e dar início ao planejamento de implementação obrigatória dos grêmios estudantis em todas as 898 escolas da rede estadual de ensino do Pará. O encontro aconteceu na sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), em parceria com representantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). 

"Hoje é um dia muito importante de diálogo com uma parte dos nossos estudantes, sobretudo acerca da importância da representação estudantil e da instituição dos grêmios nas nossas escolas estaduais. Estamos abrindo o diálogo para entender as demandas dos nossos estudantes e para trabalharmos em conjunto de soluções e aprimoramentos fundamentais para a educação paraense. Esse foi só o primeiro momento, vamos contar com muitos outros e em breve vamos, junto ao governador Helder Barbalho, trazer boas notícias para os grêmios estudantis", explicou Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação do Pará. 

Estiveram presentes cerca de 50 estudantes, entre gremistas e representantes, das escolas estaduais Jarbas Passarinho, Santana Marques, Deodoro de Mendonça, Helena Guilhon, Ulysses Guimarães, Dom Pedro I, Pedro Amazonas Pedroso, Lauro Sodré, Avertano Rocha, Jorge Lopes Raposo, Coronel Sarmento, Instituto de Educação do Estado do Pará (IEEP) e Albanízia de Oliveira Lima. 

"Eu acho que foi um encontro muito proveitoso e muito esclarecedor. A gente conseguiu tirar encaminhamentos muito bons e nos esclarecemos muitas coisas também. Eu creio que agora a gente está indo na direção certa, lutando por uma educação de qualidade. Foi um encontro maravilhoso e a gente espera que a gente tenha mais oportunidades como essa de estar com o secretário, para a gente conseguir ter esses momentos de esclarecimento, de entender como está funcionando a nossa situação. A gente está muito feliz por ter tido essa oportunidade. A gente agradece pela recepção à Seduc e que a gente fica imensamente feliz por ter tido esse momento, essa oportunidade de estar tendo esse diálogo que é extremamente importante", comemorou Thainá Montenegro, presidente do grêmio estudantil da Escola Estadual Pedro Amazonas Pedroso. 

"Hoje é um dia muito importante porque marca uma tentativa histórica da entidade dialogar com o poder público, dialogar especificamente com a Secretaria de Estado de Educação. Sobre as questões curriculares e pedagógicas e todos os problemas que são enfrentados diariamente pelos estudantes nas suas escolas. Então, sigamos na luta por uma educação mais próspera e qualificada no estado Pará", comentou Renan Silva, representante da UBES e conselheiro estadual de educação. 

Mais tempo de aula - Aprovada com unanimidade pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), a matriz curricular proposta pela Seduc passou de 1800 horas para 2400 horas a oferta de ensino para os 500 mil estudantes da rede estadual de ensino. A matriz atende à necessidade de priorizar o processo de recomposição da aprendizagem dos estudantes e apresenta um significativo aumento de carga horária em diversas matérias, como língua portuguesa e matemática, que passam a ser ofertadas 5 vezes por semana, antes 3.

A Seduc também aumentou em 100% o tempo de aula de Biologia, Química, Física, História e Geografia, além de garantir a oferta de língua inglesa, educação física, filosofia, sociologia e o novo componente curricular de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima.

O Pará se tornou o primeiro Estado do Brasil a implementar educação ambiental nas escolas públicas para fomentar o pensamento e a prática sustentável de forma contínua. Para este componente, os estudantes contarão com publicações relacionadas a temas como resíduos, ecologia e sustentabilidade. Os estudantes dos anos iniciais, finais e ensino médio contarão com material didático próprio e regionalizado para o desenvolvimento das habilidades.

 

Texto de Marcelo Junior / Ascom Seduc