Pará
24.04.2023Centenas de pais participaram do I Encontro Família e Escola, da 5ª Unidade Seduc na Escola (USE), com o tema “Educar também é responsabilidade da família”. A programação foi realizada na tarde de quinta-feira (20), na quadra da Escola Estadual Brigadeiro Fontenelle, no bairro da Terra Firme, em Belém. De acordo com o gestor da 5ª USE, Jonas Barros, o objetivo do evento é aproximar a família do ambiente escolar e ressaltar sua responsabilidade na educação dos filhos.
"Esses episódios de violência vivenciados nos últimos dias em várias escolas do Brasil e do Estado causam preocupação. O convite foi muito bem aceito pelos pais. Sem contar que esse é apenas o primeiro encontro do ano, porque a gente costuma promover outros momentos de aproximação deles com as escolas", informou o gestor.
O diretor da Escola Brigadeiro Fontenelle, Luiz Paulo Assunção, disse que manter a comunidade informada sobre as ações do governo visando à erradicação da violência é essencial. "A partir do momento em que o governo estadual institui algumas ações para ampliar a segurança, com as escolas adotando um protocolo a seguir, que não existia, a gente precisa não reter essa informação; precisa passar corretamente. Isso é essencial para que essas ações tenham bons resultados", avaliou.
A autônoma Flávia Ramos tem um filho de 11 anos estudando na “Brigadeiro Fontenelle”, e um neto de 7 anos na Associação de Moradores da Terra Firme. Segundo ela, é muito importante essa troca de informações. "Fica mais seguro, sim. Eu confio nisso. Se não eu não teria meu filho e meu neto nas escolas. Espero que as medidas realmente tenham bons resultados, para que a gente possa trabalhar de forma tranquila enquanto eles estudam", declarou.
O motorista Waldiney Costa tem na escola dois filhos, com 14 e 12 anos. "A gente já estava esperando que isso ocorresse, e vejo essa iniciativa das escolas como algo muito positivo", reforçou.
Lugar seguro - “Quantas e quantas vezes nós participamos de eventos da educação, e se dizia que uma das funções da escola era permitir que as famílias pudessem deixar seus filhos em um lugar seguro. Essa era uma das pautas. Inclusive, além da formação pedagógica, era que a escola era um instrumento a permitir que as famílias, principalmente as de baixa renda, pudessem deixar seus filhos em um lugar adequado", ressaltou o governador Helder Barbalho.
As escolhas vinculadas à 5ª USE passaram a adotar as seguintes medidas: para entrada no prédio, os alunos deverão estar devidamente uniformizados; uso obrigatório da carteirinha estudantil; cumprimento do horário de entrada e saída do aluno; apresentação obrigatória de documentos de identificação (RG) pelos visitantes; rondas e presença de policiais nas escolas; botão de alerta (em domínio da direção, vice-direção, coordenadores e professores).
Prevenção – Outra medida adotada pelo Governo do Pará é o "Escola Segura", programa que implementa ações para garantir a segurança, prevenir a violência escolar e reforçar o bem-estar de estudantes, docentes e demais profissionais da educação. O investimento ultrapassa R$ 77 milhões.
O sistema “Alerta Pará Escola” tem como principal objetivo atender às chamadas de urgência e emergência emitidas pela direção de 898 escolas estaduais. O sistema funciona a partir de um toque em um botão virtual, que será instalado por meio de um link nos celulares dos diretores das escolas públicas estaduais cadastradas. Assim que o botão for acionado será emitido um alerta para um atendente do Centro Integrado de Operações (Ciop), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), que retorna o contato, confirmando o nome e o local da escola com o diretor, o qual já estará sendo monitorado. Imediatamente é acionada a viatura mais próxima do local.
O Pará é o primeiro estado a efetivamente empregar policiais nas escolas desde as 07 h da última quinta-feira, e também a unidade da Federação com o maior suporte de atendimento psicológico no Brasil – proporcionalmente ao número de escolas em funcionamento. Serão chamados 300 profissionais, entre psicólogos e assistentes sociais, para atuar no planejamento pedagógico, beneficiando 400 mil estudantes.