De 07 a 09 de junho (terça a quinta-feira), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), realiza o III Ciclo Formativo do Programa “Trilhas no Pará”. A iniciativa visa garantir a permanente formação dos diretores, professores e técnicos que trabalham nas dez unidades escolares da rede pública estadual que já implementaram a nova modalidade de ensino, em caráter experimental.

Com a temática “Pará para cada criança e adolescente: trilhar caminhos é garantir direitos”, o evento visa apresentar estratégias efetivas que auxiliem profissionais da educação no combate à cultura do fracasso escolar, e diagnosticar o nível de leitura e escrita dos estudantes para o desenvolvimento de ações pedagógicas que contribuam com a superação das deficiências de aprendizagem.

No primeiro dia, a programação ocorreu no auditório Prof. Dionísio Hage, na sede da Seduc, em Belém, quando foram pactuadas novas ações para fortalecer a cooperação entre a instituição pública e o Unicef, via assinatura do Memorando de Entendimento da Trajetórias de Sucesso Escolar, o qual instituiu, em 2020, o Programa Estadual de Correção de Fluxo Escolar - Trilhas no Pará e as atividades do Busca Ativa Escolar.

Representantes do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-PA), do Ministério Público do Pará (MPPA), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (Famep), gestores das Unidades Seduc na Escola (USE) e Unidades Regionais de Educação (URE) também participaram da abertura do encontro.

Metodologia - De acordo com a chefe de Educação do Unicef Brasil, Mônica Pinto, quase 6 milhões de crianças e adolescentes em todo o País estão em defasagem na idade-série, situação agravada devido à pandemia da Covid-19. A representante acrescentou que a Seduc é um dos principais parceiros no Pará para combater a cultura e a naturalização do fracasso escolar. 

Mônica Pinto, chefe de Educação do Unicef - Foto: Eliseu Dias / Ascom Seduc

“Nós trouxemos a nossa equipe técnica, com uma metodologia que a gente desenvolveu a partir de casos de sucesso escolar no Brasil. Essa técnica já foi ensinada aos profissionais da Seduc, e estamos presentes de forma piloto em dez escolas da rede pública estadual, mas com o desejo de ampliar esse trabalho para diversas localidades paraenses onde forem identificadas crianças nessa situação de defasagem idade-série. Contém conosco. Estamos aqui para fazer esse trabalho juntos, para que de fato esses alunos possam seguir com a sua vida escolar, cidadã e, brevemente, ingressar no mundo do trabalho”, frisou.

O gestor da 16ª URE, Flávio Caridade, disse acreditar que esta é uma oportunidade para que se entenda a diversidade educacional do Pará, trabalhando da melhor maneira possível essa distorção. “Vai ser fundamental que a gente desenvolva esse projeto nas escolas da nossa região. Com a capacitação de hoje, pudemos ter acesso a informações e dados que detalham toda a complexidade desta temática. Dessa forma, será possível aplicar o programa de acordo com a cultura dos nossos alunos e entendendo a realidade educacional da região”, ressaltou.

Parcerias - A secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, disse que o encontro possibilitou dialogar sobre a evasão escolar no Pará e avançar nas parcerias já firmadas com o Unicef. “Quero agradecer a todos os envolvidos neste ciclo formativo, seja a Undime, o Conselho Estadual de Educação do Pará e demais órgãos fiscalizadores que oportunizaram a construção de um novo momento, para que possamos manter nossos pequeninos nos espaços de aprendizagem. Hoje, mais uma vez reafirmamos o compromisso de que criança fora da escola, não pode!", afirmou a titular da Seduc.

Profissionais da educação que participam da formação - Foto: Eliseu Dias / Ascom Seduc

Segundo a coordenadora estadual do Programa Trilhas no Pará, Jacqueline Blanco, a iniciativa trabalha com a enturmação de alunos que estão em distorção idade-série, nos anos finais do ensino fundamental. Neste ano de implementação estão sendo atendidos prioritariamente estudantes do 6º ano, na faixa etária de 12 a 15 anos. “A proposta do ‘Trilhas’ é atender desde o 4º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio. Já temos dez escolas-piloto, com 372 alunos enturmados, e pretendemos ampliar cada vez mais essa oferta a partir de 2023”, informou a coordenadora.

Programação

Dia: 08/06 (manhã e tarde)

Tema: Ler e escrever: o grande desafio para vencer a distorção escolar – no Centro de Formação da Seduc (Cefor), das 09 às 17 h.

Público-alvo: Diretores, professores e técnicos das escolas estaduais Arthur Porto, Barão de Igarapé-Miri, Profª. Donatila Santana Lopes, Cônego Batista Campos e Murinin.

Dia 09/06 (manhã e tarde)

Tema: Ler e escrever: o grande desafio para vencer a distorção escolar, no Cefor, das 09 às 17 h.

Público-alvo: Diretores, professores e técnicos das escolas estaduais Rodrigues Pinagé, Padre Orione, Celina Del Tetto, Novas Águas Lindas e Santa Bárbara.

Por Vinícius Leal (SEDUC)