Pará
26.08.2024A programação no estande da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) continua proporcionando ao público da 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes exposições de trabalhos e ações de escolas estaduais, assim como debates sobre educação. Na última quinta-feira (22), um dos temas da programação foi alfabetização.
A Escola Estadual Matos Costa, localizada no bairro Paracuri 1, no Distrito de Icoaraci (pertencente a Belém), expôs “Relato de experiência sobre alfabetização, letramento e recursos pedagógicos”, socializando com o público as atividades efetivas desenvolvidas com as crianças, os avanços alcançados e as ideias inovadoras de jogos e brincadeiras com material reciclável.
'Alfabetiza Pará' - Heloísa Costa, uma das professoras que expôs o trabalho em alfabetização, ressaltou que o Programa Alfabetiza Pará, implementado pelo governo do Estado, proporciona um trabalho em sala de aula com respaldo para adoção de um ensino lúdico, possibilitando resultados positivos, com crianças mais motivadas e concentradas, utilizando material de qualidade.
“Nos abre esse leque de possibilidades. A gente foi convidado, e é uma honra muito grande vir para cá apresentar, socializar um pouco da nossa experiência. Estamos com um bom avanço. Estou com uma expectativa muito boa porque vejo que, agora, eles entenderam e estão na fase de perguntar muito, de querer saber como faz pra juntar as sílabas, que som vai dar. Estão muito nessa curiosidade pela leitura, nesse interesse. Eu acredito que até o final do ano a gente fecha com um percentual bom de alunos alfabetizados. O objetivo é que cheguem ao segundo ano lendo”, disse a professora.
Francilene do Socorro é mãe de uma das crianças alfabetizadas pela professora Heloísa, e falou sobre os avanços da filha, Maria Eduarda, na escola. “Ela iniciou com bastante dificuldade, e de repente já veio toda essa nova proposta para dentro de sala de aula, que ela amou e me trouxe novamente para esse mundo lúdico. Aprendizagem da Maria Eduarda evoluiu muito. Hoje em dia ela já sabe o alfabeto todinho, já sabe formar as palavras. É muito boa a proposta. Estamos no caminho certo”, assegurou Francilene.
Contação de histórias - Outra programação que envolveu os públicos infantil e adulto foi apresentada pela Escola Estadual Almirante Tamandaré, com uma roda de contação de histórias com livros de um dos homenageados da Feira, Juraci Siqueira, além de brincadeiras e pintura de desenhos, envolvendo as crianças que passavam pelo local, dentro da proposta de alfabetização na idade certa.
“Estou como contadora de histórias, aprendendo a cada dia, e estou aqui encantada com esse universo gigante que temos na cultura popular. Eu trouxe os livros do professor que está prefaciando o livro que estou pré-lançando hoje, que é padrinho do meu personagem, 'Sorriso de Água Doce', onde explorei todo sorriso que está dentro de nós, que é diverso, dialogando sobre diversos tipos de peixes que nós temos na nossa Amazônia, e 'Quem Souber, Levante o Dedo', trazendo o universo das adivinhações, ambos de Juraci Siqueira”, informou a professora e escritora Gio de Paula.
Ronise Sarmanho é formadora regional do Programa Alfabetiza Pará, e também atua como professora na Escola Estadual Almirante Tamandaré. Segundo ela, o material de apoio do Programa auxilia seu trabalho e o aprendizado das crianças.
“A base do Programa é alfabetizar as crianças através de jogos, principalmente por contação de histórias, para que as crianças sejam alfabetizadas interpretando. Os livros do 'Alfabetiza' trabalham totalmente com o lúdico, e é isso que tem feito com que as crianças tenham aprendido tão rápido, porque elas brincam, interagem entre si, contam histórias umas para as outras. Elas vão para o pátio da escola para brincar e interagir com o livro. O livro tem uma rotina que seguimos, desde a acolhida até o final da aula, sempre com novidades, tratando a criança com carinho e amor, como sempre deve ser tratada. Ela já chega à escola sendo bem recebida. O livro do professor mostra como trabalhar. Um livro muito bom, feito realmente para trabalhar com criança. As leituras são excelentes, porque são muito voltadas para o infantil. Em algumas histórias as crianças fazem até sonoplastia, imitando o barulho do vento, do passarinho. Elas gostam”, contou Ronise Sarmanho.
Melânia Castelo Branco, formadora estadual do "Alfabetiza Pará", frisou a importância de apresentar ao público da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes as ações efetivas do Programa. “É um cenário onde as letras ganham vida, e os livros nos levam a um novo horizonte, a novos mundos. Este é um lugar propício para nós apresentarmos à sociedade paraense o Programa Alfabetiza Pará. Uma criança alfabetizada possui uma porta aberta para um mundo de oportunidades, para construir um futuro melhor e avançar a sociedade. Esse Programa reflete o compromisso da Seduc”, enfatizou.
Educação em rede - Além de iniciativas de alfabetização, o estande da Seduc abordou o Programa Creches por Todo o Pará, que garante a construção de unidades para atender crianças em todo o Estado, em parceria com os municípios. A Seduc trabalha ainda com a formação de equipes municipais que receberão as creches, para a promoção de um serviço de qualidade ao público.
Segundo Elisângela Santos, coordenadora de Educação Infantil da Seduc, é fundamental apresentar à sociedade a imagem visual do Programa Creches por Todo o Pará e a formação “Educação Infantil Paraense Pensada em Rede”. A exposição das iniciativas, assegurou, firma a força do trabalho e promove transparência das ações e do compromisso da Seduc com a população. O atendimento adequado na pré-escola possibilita que as crianças estejam bem preparadas para o ensino fundamental.
“A sociedade precisa saber que a Seduc está fazendo o seu papel, que é andar de mãos dadas com os municípios, com orientações, assessoramento e posterior acompanhamento com os professores. Primeiramente, estamos lidando com a gestão, mas nós queremos chegar à questão pedagógica propriamente dita. Não é só entregar uma creche. Nós queremos acompanhar essa equipe gestora e pedagógica. Essa etapa de educação infantil é um preparo para a transição ao primeiro ano, com a introdução de linguagens e apresentação dos numerais. A criança que passa pela pré-escola está preparada para ser alfabetizada”, afirmou a coordenadora.
Texto: Amanda Oliveira / Ascom Seduc