Decreto cria escola indígena que contemplará estudantes do ensino médio

Escola Indígena

26.12.2019

O Decreto nº 24.514 de 5 de Dezembro de 2019 cria a Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental e Médio Alexandrina do Nascimento Gomes, localizada na Aldeia Baía das Onças, Rio Guaporé, no município de Guajará-Mirim. A escola que já atendia os estudantes indígenas do ensino fundamental, desde 1992, agora atenderá também o ensino médio, conforme explicou Antônio Puruborá, coordenador do Núcleo de Educação Indígena da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

A iniciativa, segundo ele, busca ampliar a rede de educação indígena, que hoje contempla 3.952 estudantes, de 56 povos diferentes. O ensino chega a 118 escolas em 14 municípios.

“Antes a escola era atendida pela Coordenadoria Regional de Educação de Guajará–Mirim, agora passou a ser atendida pela Coordenadoria de Costa Marques, e com o realinhamento o ensino médio foi contemplado, o que beneficia mais estudantes”, destacou o coordenador.

A escola Alexandrina do Nascimento Gomes agora atenderá nos períodos matutino e vespertino. O coordenador explica que a grade de ensino segue as diretrizes da Lei nº 578 de 1º de Junho de 2010, que normatiza o ensino da língua portuguesa e da língua materna indígena daquele determinado povo, além dos costumes, crenças, entre outras diretrizes. “O calendário das escolas é específico e voltado à cultura dos povos indígenas. Hoje nós temos muitos professores indígenas e não indígenas que lecionam nas aldeias. E a tendência é que mais estudantes indígenas possam ter uma formação acadêmica”, ressaltou Antônio.

Ele acrescenta, ainda, a importância que o governo do Estado tem dado à educação indígena, por meio de investimentos na melhoria do ensino, em capacitações, projetos, e na estrutura das escolas.

“O governador Marcos Rocha tem investido e muito em capacitações. Esse ano tivemos a realização do Projeto Açaí, que atua na formação de professores. Não podemos deixar de citar as reformas, construção e melhoria das escolas indígenas. Além da aquisição de barcos que atendem no transporte dos alunos. E para o próximo ano, mais ações são esperadas”, concluiu o coordenador.