Congresso debate expectativas de aprendizagem

15.09.2011

A necessidade de definição de expectativas de aprendizagem para o país foi consenso entre representantes de diferentes segmentos educacionais e pesquisadores na sessão realizada para tratar do assunto, nesta quarta-feira, 15/9, durante o Congresso internacional “Educação: uma Agenda Urgente”.

 

 

 

“As expectativas de aprendizagem devem ser contextualizadas respeitando-se a diversidade cultural brasileira”, afirmou a secretária de Educação de Roraima, Lenir Rodrigues Luitgards Moura. “É fundamental que seja assumido um compromisso com a inclusão”, disse a educadora.

 

Para ela, o grande desafio é a inversão da lógica curricular da transmissão do conhecimento para o questionamento, privilegiando a interação entre a escola e a realidade. “Devem ser levadas em consideração as novas formas de organização dos saberes e a apropriação pelos estudantes destes saberes”, analisou.

 

A educadora destacou três núcleos a ser considerados:

 

- O sujeito de direitos, que é o estudante.

- O espaço, porque nem sempre os melhores espaços são os de melhor aprendizagem.

- O tempo como reflexo de que Educação pode ser ampliada, em tempo integral, para o exercício da transversalidade de temas e projetos.

 

Lenir ressaltou que a Educação deve levar em conta valores, atitudes e graus de sensibilidade de profissionais da Educação docentes e não docentes, estudantes, famílias e comunidade em geral.

 

O consultor Ruben Klein, da Fundação Cesgranrio, Ruben Klein, analisou que os currículos devem ser estabelecidos por séries, começando na pré-escola. Afirmou ainda que uma base comum pode reduzir as desigualdades sociais e regionais, dando as mesas chances a crianças, adolescentes e jovens de todo o Brasil.

 

O presidente do Conselho Assessor das Metas 2021 da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), André Lázaro, afirmou que é preciso educar para a inovação, a autonomia e a liberdade, lembrando que a polêmica ideológica em relação aos currículos já está superada.

 

Já o diretor do programa de Política Educacional Internacional na Faculdade de Educação da Universidade de Harvard, Fernando Reimers, destacou que expectativas de aprendizagem definidas colaboram para alinhar esforços de avaliação, na formação de professores e para o desenvolvimento dos currículos.

 

Sobre o Congresso

O Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente” começou na terça-feira, 13/9, e prossegue até esta sexta-feira, 16/9.

 

O encontro aborda temas fundamentais para acelerar a melhoria do aprendizado dos estudantes e da Educação Básica: carreira docente, formação inicial do professor, regime de colaboração entre os entes federados, uso das avaliações nas práticas de sala de aula e na gestão educacional, definição das expectativas de aprendizagem, Educação integral, equidade e inclusão, e justiça pela qualidade da Educação.

 

No último dia, em uma sessão especial, o evento congregará movimentos de 13 países da América Latina que, assim como o Todos Pela Educação, se articulam para melhorar a Educação em seus países.

 

O Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente” conta com o apoio institucional do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife); com o patrocínio do BID, Fundação Educar DPaschoal, Fundação Itaú Social, Instituto Gerdau, do Itaú BBA e do Instituto Natura; e com o apoio da Agência Tudo, Canal Futura, CNE, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e DM9DDB.

 

Saiba mais:

 

Movimento Todos Pela Educação

 

Ascom/Consed

15/09/2011