CONFINTEA BRASIL + 6 terá foco na Educação ao Longo da Vida

Educação ao Longo da Vida

19.10.2015

O Grupo de Trabalho (GT) com a finalidade de planejar e organizar a realização do Seminário Internacional de Educação ao Longo da Vida - CONFINTEA BRASIL + 6, instituído pela portaria MEC nº 879/2015, realizou a primeira reunião na sexta-feira (16/10), na sede do MEC. Estiveram presentes o representante titular do Consed no grupo de trabalho, Aléssio Trindade de Barros, secretário de Educação e Cultura da Paraíba e representantes das entidades que compõem o grupo.

O secretário da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão SECADI/MEC, professor Paulo Gabriel Nacif, abriu a reunião destacando a importância e os desafios da Educação de Jovens e Adultos no âmbito da Política Brasileira de Educação ao Longo da Vida. Segundo o secretário são mais de 81 milhões de pessoas sem o ensino médio; mais de 58 milhões sem ensino fundamental e mais de 13 milhões analfabetos no Brasil.

E diante desta realidade, o titular da Secadi, afirmou que o foco da SECADI, sem prejuízo das demais temáticas, será maior na educação de jovens e adultos a partir da educação ao longo da vida reconfigurando essa política de educação para o Brasil.

Paulo Gabriel Nacif, a educação ao longo da vida está muito ligada ao conceito de educação continuada e deve ser vista como um direito do cidadão. “A ideia é fortalecer a educação continuada; a educação ao longo da vida tem um vínculo direto com o Plano Nacional de Educação, na medida em que o aumento da escolarização e a eliminação do analfabetismo são pontos fundamentais do PNE”, disse. “O direito à educação ao longo da vida é reconhecido no mundo todo.”

O secretário Aléssio, representante do Consed no GT, destacou a importância de políticas públicas para educação ao longo da vida e defendeu que uma mudança da EJA requer a mobilização e inclusão de novos atores. “É preciso agregar novos atores para a mudança na educação de jovens e adultos”.

O secretário exemplificou a mobilização de novos atores institucionais com a parceria estabelecida entre a Secretaria de Educação da Paraíba com o Detran-PB a partir da educação no trânsito.

Coordenou a reunião o assessor Arlindo Cavalcanti Queiroz, da SECADI/MEC, que apresentou o cronograma e organização e funcionamento do GT CONFINTEA BRASIL + 6 além da prévia da Programação Temática da Conferência Internacional, que contará com Mesas Temáticas; Rodas de Conversa sobre práticas; plenárias e a atualização do Documento Nacional Preparatório à VI CONFINTEA.

O Consed conjuntamente com a Undime terá participação ativa na programação além da condução da plenária sobre as recomendações aos Sistemas de Ensino Estaduais e Municipais.

Também participaram da reunião os titulares Adriana Weska e Claudia Baena, da OEI; Antônio Ibañez Ruiz, do CNE; Carlos Humberto Spezia, da Unesco; Marta Vanelli, da CNTE; Pedro Pontual, do SESI; Rosa Pinheiro da Anped; Timothy Ireland, Cátedra Unesco da EJA.

O Grupo de Trabalho (GT) da CONFINTEA BRASIL + 6 tem as seguintes tarefas:

I - planejar, coordenar e realizar o CONFINTEA BRASIL + 6, que terá a participação de organismos e entidades nacionais e internacionais, sendo estas governamentais e não governamentais;

II - identificar e selecionar algumas experiências inovadoras nacionais e internacionais de educação ao longo da vida, bem como seus principais idealizadores, com vistas à sua divulgação e debate durante o seminário;

III - informar, quando contatadas por representantes de outros países interessados nesse intercâmbio, sobre avanços e limites das políticas nacionais de educação ao longo da vida, ampliando a cooperação técnica internacional sobre esta temática;

IV - contribuir com a mobilização social, por meio da elaboração de um plano de comunicação sobre a realização e os resultados do seminário; e

V - elaborar a programação do seminário de forma a proporcionar o aprofundamento da concepção da educação ao longo da vida em suas diferentes expressões da vida humana: artísticas e culturais; desenvolvimento local e economia solidária; sustentabilidade socioambiental; afirmação das identidades dos diferentes sujeitos e de seus coletivos; inclusão digital; e combate a qualquer tipo de preconceito (socioeconômico, de gênero, raça, religião, orientação sexual, cor, identidade étnica, tipo de deficiência, altas habilidades/superdotação etc.).

Com informações do MEC