Paraíba
09.02.2024Este início de ano letivo está sendo especial para os profissionais ligados ao programa ParaibaTec, isso porque é o primeiro ano que o programa vai oferecer cursos voltados a Ação Prisional no Regime Fechado, resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (SEE-PB) e a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP). Sendo assim, os profissionais estão acompanhando de perto o início das aulas. No total, dez unidades prisionais da Paraíba foram contempladas com os cursos de Formação Inicial Continuada (FIC) ofertados pelo ParaibaTec, que vão desde desenvolvedor de aplicativos para mídias digitais, auxiliar de agroecologia, microempreendedor individual, pintor, operador de computador, entre outros.
“Vivenciar esses momentos de início dos cursos é reafirmar o compromisso com nossos parceiros e estudantes. Sabemos do papel transformador da educação e do quanto essa equipe está disposta a colaborar buscando novas perspectivas para o povo do nosso estado. Sigamos impactando a vida dessas pessoas que vislumbram um futuro para além da sala de aula. Atender as turmas do ParaibaTEC Prisional é fruto de um trabalho importante em parceria que acredita em melhores condições de vida para os apenados e suas famílias”, explica a coordenadora geral do ParaíbaTEC, Adriana Cardoso.
Na última segunda-feira (05), Adriana Cardoso, em conjunto com a coordenadora de Articulação, Josilda Hermínio, e o gerente executivo de Ressocialização, João Rosas, saudaram os alunos do curso de Agente de Desenvolvimento Cooperativista, na Penitenciária Padrão de Santa Rita. Acompanhados pelo professor e equipe técnica responsáveis pelas aulas, a coordenação marcou presença na cerimônia inaugural. Mais tarde, no mesmo dia, os coordenadores também estiveram presentes na aula inaugural do Curso de Operador de Computador, na Penitenciaria Desembargador Silvio Porto, em Mangabeira VIII.
Já na terça-feira (06), o ParaíbaTEC marcou presença em outra aula inaugural, desta vez na Penitenciária Regional de Campina Grande Raimundo Asfora. O curso de FIC de Auxiliar de Agroecologia será ministrado na EEFM Paulo Freire, situada dentro do complexo prisional. Diversos representantes do ParaíbaTEC estiveram presentes na cerimônia, incluindo coordenadores, gerentes e outros profissionais envolvidos na educação prisional. Na ocasião, o professor Manoel Lima e a supervisora Cristiane Vicente foram homenageados pela dedicação e acolhimento aos alunos do curso, ressaltando o impacto transformador da educação.
Os cursos oferecidos por meio do ParaíbaTEC contemplam diversas unidades prisionais, incluindo a Cadeia Pública de Cajazeiras, a Penitenciária Padrão de Campina Grande, a Penitenciária Regional Feminina de Patos, e outras importantes instituições como a Penitenciária João Bosco Carneiro, o Presídio Padrão de Catolé do Rocha, a Penitenciária João Bosco Carneiro, a Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, Penitenciaria Desembargador Silvio Porto, Penitenciária Regional Feminina de Patos e a Penitenciária Padrão de Santa Rita. Essa abrangência evidencia o compromisso do programa em proporcionar oportunidades educacionais em diferentes regiões do estado, englobando pessoas privadas de liberdade de todos os municípios.
O ParaíbaTEC no Sistema Prisional intenciona assegurar a oferta de vagas em cursos de educação profissional para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais para quem está no regime fechado. O programa busca a formação da identidade do reeducando dentro de sua área de formação, a fim de que ele se enxergue como sujeito histórico e produtor de bens, de técnicas e de conhecimentos, portanto, capaz de se transformar, bem como à sua realidade. Os cursos oferecidos foram previamente anunciados nos editais 030 e 031/2023, demonstrando o compromisso contínuo das autoridades com a educação dentro do regime fechado.
A educação dentro das unidades prisionais não apenas proporciona conhecimento técnico, mas também promove valores como respeito, cooperação e cidadania entre os detentos. Ao investir na formação desses indivíduos, o Governo do Estado contribui não apenas para a ressocialização dos apenados, mas também para a redução da reincidência criminal e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Antes do ParaíbaTec, os cursos da ação Regime Fechado eram ofertados apenas pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego da Paraíba (Pronatec-PB).