Com “DNA comunitário”, escola de Mato Grosso do Sul é destaque na execução de projetos sociais

Integração social

25.06.2019

Campo Grande (MS) – Criada em 1984, no bairro Nova Lima, região norte da capital de Mato Grosso do Sul, a Escola Estadual Lino Villachá possui uma história de sucesso marcada por trabalhos sociais, amadurecidos em reuniões comunitárias através de diversos projetos com o passar dos anos. Nas últimas décadas, enquanto trabalhava - também - em benefício dos moradores de um dos bairros mais afastados da cidade, a EE cresceu e chegou aos 35 anos de existência com mais de mil estudantes atendidos, somente em 2019, e muitos capítulos inesquecíveis para recordar.

Um deles ocorreu neste mês de junho. Escolhida para representar a região Centro Oeste no Prêmio Cineastas 360°, da ONG Recode, com apoio do Facebook Brasil, a escola teve dois documentários selecionados para concorrer ao prêmio nacional em Brasília-DF. Estudantes e orientadores estiveram na Capital Federal, entre dias 10 e 12 de junho, e voltaram para MS com o primeiro lugar nas duas categorias.

O projeto Cineastas 360° tem como finalidade estimular alunos do Ensino Médio na produção de documentários, com até cinco minutos de duração, em realidade virtual 360°, sobre temas de impacto social e comunitário. “Inicialmente selecionamos os alunos interessados, selecionamos seis projetos e, destes, dois foram escolhidos pela comunidade escolar e também via rede social. (...) Oportunidade fantástica para estudantes e professores, foram dez semanas intensas de produção”, enfatizou uma das professoras envolvidas nos projetos, Camila Sacconi Machado.

Os vídeos vencedores em Brasília foram sobre a ressocialização de presidiários, produzido pelos alunos Guilherme Augusto de Jesus Gomes, Lucas Felix dos Santos e Ryan Soares Ferreira. “Minha preferência é cursar Direito, mas já estou pendendo para comunicação social. É apaixonante poder fazer a diferença, através da mensagem, da notícia”, disse Ryan. Outro material premiado no concurso, abordou a história de Brenda, uma estudante com necessidades especiais, produzido pelos alunos Carlos Magno da Silva, Lauanda Loren Souza Teixeira e Pedro Vinicius Gimenez. “Esse trabalho nos despertou, através da produção, engajamento e serviu para aumentar nosso conhecimento e despertar interesse na arte cênica”, destacou Pedro.

Hoje, a comunidade escolar conta com kit de produção de vídeo, com celulares de alta tecnologia, óculos virtuais, fones de ouvido e câmera de 360°. “Estamos imensamente felizes com a participação e engajamento dos estudantes, pois este projeto permitiu que eles desenvolvessem um olhar mais crítico e humano para a comunidade, além de empoderá-los com uma nova tecnologia”, finaliza diretor da EE, Olívio Mangolin.

Trajetória de sucesso

Com histórico de projetos voltados para a comunidade, a escola fomenta diversos trabalhos. Um dos projetos é voltado para a agroecologia, intitulado “Hortear”, que utiliza uma área de 400 m² para a construção de um espaço de preservação natural, que oportuniza o desenvolvimento da relação ser humano/natureza, e que transforma o local em área de plantio de hortaliças, leguminosas e árvores frutíferas.

Outro projeto em andamento é o de leitura “Aprende quem lê”, onde professores de Língua Portuguesa e Literatura, no intuito de despertar o interesse pelos livros, semanalmente preparam atividades para toda a comunidade escolar. Destaque, também, para Banda Marcial Lino Villachá, reconhecida no âmbito municipal e estadual, com diversas premiações.

A prática esportiva também ganha destaque na escola, com parceiros e patrocinadores. As modalidades de Basquete, Judô, Futsal, Tênis de Mesa e Xadrez, são responsáveis pela constante atualização da galeria de troféus da instituição.