Com dez medalhas conquistadas, Alagoas faz história nos Jogos Escolares da Juventude 2024

Alagoas

10.12.2024

Alagoas foi muito bem representado na edição 2024 dos Jogos Escolares da Juventude (JEJ) - realizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), de 12 a 29 de novembro, em João Pessoa, na Paraíba – e conquistou dez medalhas no total, sendo 2 ouros, 4 pratas e 4 bronzes. Um feito inédito para o estado nesta competição, voltada a competidores na faixa etária dos 15 aos 17 anos e considerada uma vitrine seletiva de atletas para os Jogos Olímpicos

De acordo com o chefe da delegação, Paulo Buarque, 198 pessoas, entre oficiais, técnicos e atletas, compuseram o time  Alagoas.  “Foram 16 dias de disputas de alto nível e os atletas alagoanos competiram de igual para igual com outros estados, cujos atletas, em sua maioria, atuam em grandes clubes, o que não é o nosso caso, onde os talentos são descobertos e lapidados nas escolas. Fizemos nossa melhor campanha na história dos Jogos da Juventude, com as sete medalhas conquistadas”, comemora Paulo.

 

A competição foi realizada em 3 blocos, dividindo as modalidades da seguinte forma: bloco 1: badminton, ciclismo, ginástica rítmica, judô, taekwondo e tênis de mesa; bloco 2:  natação, ginástica artística, triathlon, wrestling, vôlei de praia e basquete e, finalizando, o bloco 3 com as disputas do esgrima, atletismo, voleibol e handebol.

As medalhas alagoanas foram assim distribuídas: 2 ouros, sendo 1 no badminton por duplas masculino, com os atletas Ruan Lucas Sabino dos Santos e Rodolfo Augusto Cavalcante de Araújo do Centro Educacional de Coruripe e 1 no wrestling, com Rayne Gabriely Alves da Silva, do Ifal-Maceió; 4 pratas, sendo 2 na ginástica rítmica, com a atleta Isabela Tenório, do Colégio Montessori,  1 no badminton individual (2ª divisão), novamente com Ruan Lucas Sabino dos Santos e 1 no atletismo com Nataly Celestino da Silva, do  Colégio Intensivo.

 

Os 4 bronzes vieram com a ginástica rítmica por equipe, com as ginastas Maria Eduarda Lins de Oliveira Sousa, do Marista, Betina Ricardo Campelo, do Madalena Sofia e Isabela Tenório, do Montessori; individual geral da ginástica rítmica para Isabella Tenório, badminton feminino com Giovanna Ramos do Centro Educacional de Coruripe e ,no handebol masculino, com a seleção alagoana sub-17, composta por atletas dos colégios Dinâmico, Contato e Escola Estadual Geraldo Melo, de Maceió

Equipe entrosada

O momento foi de grande felicidade e realização para atletas e treinadores. É o caso do Yann Gabriel Matos dos Santos, da Escola Estadual Geraldo Melo, uma das mais tradicionais equipes do estado nesta modalidade, que integrou a seleção alagoana sub-17.

“Essa competição foi muito importante, porque foi o meu primeiro JEJ. Fizemos jogos decisivos, muito disputados, em que estávamos bem atrás no placar e buscamos reverter. E a gente merecia estar na final, só que, por um deslize, não conseguimos e perdemos por duas bolas para Minas Gerais. Daí fomos para a disputa de bronze contra a equipe de Goiás e demos o sangue. Ganhamos por quatro bolas de diferença. E a nossa equipe, mesmo tendo atletas de várias escolas, entrosou-se muito rápido, parecia que a gente jogava há mais de cinco anos juntos e foi muito bom”, revela Yan.

 

Ouro inédito

Alagoas conquistou um ouro inédito no wrestling feminino juvenil com Rayne Gabrielly Alves, aluna do Ifal – Campus Maceió. Ano passado, nos JEJ de Ribeirão Preto, o estado conquistou o ouro no masculino juvenil com Claudomir de Jesus, da Escola Estadual José Correia da Silva Titara, de Marechal Deodoro, enquanto, este ano, nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), em Recife, Estephany de Assis, da Escola Estadual Teotônio Vilela, de Maceió, arrebatou outro ouro inédito no infantil feminino (12 a 14 anos).

Fazendo história

Alagoas ainda conseguiu quebrar um jejum de 15 anos sem medalhas no atletismo nos JEJ. Até então, a última medalha do estado havia sido conquistada por Bruna Farias em 2009 na cidade de Maringá-PR, quando ela, à época estudante do Colégio Floriano Peixoto, de Maceió, foi campeã na prova de 100m rasos.

 

Bruna chegou a disputar duas Olimpíadas pelo Brasil: Rio 2016 e Tóquio 2021. Quinze anos depois, Bruna é técnica de Nataly Celestino, da cidade de Jequiá da Praia (mesma cidade de Bruna), a qual conseguiu quebrar esse tabu sendo vice-campeã brasileira na prova do salto triplo. Nataly é estudante do Colégio Intensivo na cidade de Maceió.

“A Nataly é muito esforçada e, coincidentemente, vem da mesma origem que eu. Este ano ela se destacou em múltiplas provas no atletismo. Fico muito feliz por estar contribuindo com a evolução do atletismo em Alagoas e vou continuar trabalhando forte para que o ano de 2025 seja repleto de vitórias”, promete Bruna. “Estou muito feliz com minha participação nos JEJ e pelo resultado que alcancei, o que me motiva a buscar pódios ainda mais altos”, complementa Nataly.

E os bons resultados no atletismo não foram só a medalha de Nataly: Alagoas ficou entre os dez melhores do país nas provas de salto em distância  (5º lugar para Weslayne Farias de Aquino, da Escola Municipal Pedro Tenório, de Murici); revezamento 4x100  feminino (4º lugar com Nataly Celestino, Weslayne  Farias e Karina Luiza Ferreira, esta última do Ifal Coruripe); pentatlo masculino (4º lugar com Johnata Vinicius da Silva , do Colégio Dom Bosco de Maceió); 100 metros com barreiras feminino (5º lugar com Isabelly da Silva Cardoso, Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça, de Maceió); salto triplo masculino (6º lugar com Luan Leite do Ifal Maceió); arremesso de peso masculino ( 7º lugar  com Aleksandro de Assis, do Centro Educacional José Gomes de Vasconcelos, de Murici) e 10º lugar no lançamento de disco ( também com Aleksandro de Assis).

Outro resultado histórico veio também no thriatlon, 6º lugar entre 22 inscritos com atleta Danilo da Escola Estadual Quintella Cavalcanti, de Arapiraca.

Manuella Nobre e Ana Paula Lins / Ascom Seduc  Fotos: Divulgação