Colégio público estadual desenvolve “xadrez humano”

Secretaria de Educação do Rio de Janeiro

11.11.2019

Já ouviu falar em “xadrez humano”? Com o objetivo de “entrar” e vivenciar o jogo, o Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, criou um tabuleiro gigante no pátio da escola, em que as peças são os próprios alunos e as jogadas são coordenadas por quatro estudantes, dois de cada time.

A proposta é coordenada pelo professor Marcos Araújo e começou após uma feira pedagógica que aconteceu na escola, em 2016. No evento, ele disponibilizou alguns tabuleiros de xadrez e os estudantes começaram a jogar. Após perceber o envolvimento dos jovens, surgiu a ideia de um campeonato.

Tempos depois, um dos profissionais da escola visualizou que poderia ser criado um tabuleiro de xadrez no chão do pátio do colégio. A direção do colégio gostou da ideia, comprou material e construiu o espaço. Desde então, o xadrez, que já era uma das principais atividades da unidade de ensino, ganhou outros contornos e interessados.

No tabuleiro gigante, os estudantes “vestem” as peças do jogo: cavalos, reis, damas, bispos, torres e peões. O professor Marcos Araújo, que dá aula de Matemática, explica os benefícios da prática do jogo.

– O xadrez transforma os alunos, desenvolve o trabalho em equipe, a concentração, resolução de problemas, pensamento estratégico e outras habilidades. Não é só lúdico. Além disso, desperta outro olhar nos estudantes – esclarece.

O secretário de Estado de Educação, Pedro Fernandes, reforça o pensamento do professor. 

– É importante associar atividades lúdicas com práticas pedagógicas. Essas ações envolvem os estudantes e provocam a reflexão, desenvolvem o trabalho em equipe e espírito de integração – pontua Pedro Fernandes. 

O aluno Abraão Lincoln do Nascimento Vieira, de 18 anos, é um dos mais dedicados. No Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, joga xadrez há três anos. No entanto, segundo ele, o gosto pelo esporte vem antes de ingressar na escola. 

– O xadrez é muito especial. Quando morava em Brasília, já jogava o esporte. Disputava campeonatos e sempre tentava ser o melhor. Depois que cheguei ao Rio de Janeiro, me matriculei na escola e comecei a jogar novamente. Posso dizer que faz parte da minha vida – diz o estudante.