Tocantins
22.04.2024O Colégio Estadual Welder Maria de Abreu Sales, de Araguaína, realizou uma programação durante toda a semana para celebrar a cultura e tradição, em alusão ao Dia dos Povos Indígenas, celebrado anualmente no dia 19 de abril.
Durante o evento, foram organizadas diversas atividades como palestras, rodas de conversa, oficina de grafismo indígena, além das trocas de experiências tradicionais. A ação teve como objetivo promover uma educação antirracista com práticas de ensino e momentos interculturais para disseminação da história e cultura dos povos indígenas do Tocantins, em especial dos estudantes indígenas do povo Iny Karajá-Xambioá e do povo Warao.
Segundo a estudante indígena Ana Clara Karajá, de 14 anos, esse foi um momento marcante para todos que participaram. “Eu achei a experiência de falar sobre a minha cultura muito boa, porque além de expor sobre minha etnia Karajá, eu conheci um pouco sobre outras culturas que também se apresentaram, foi um momento de muita troca e aprendizado”, afirmou.
Para a professora e coordenadora de área de ciências humanas, Anúbia Rodrigues Sobrinho, o resultado do trabalho foi gratificante. “Visualizar e sentir a interação e disponibilidade deles em ensinar e aprender sobre a diversidade étnica e cultural dos povos indígenas foi incrível, e o melhor foi perceber a satisfação dos estudantes indígenas apresentando com orgulho o pertencimento identitário enquanto povo”, disse.
A professora de história e geografia, Andreza de Almeida, explica que a programação foi de grande importância para a valorização das culturas indígenas do Tocantins. “Tivemos uma palestra sobre o povo indígena Xerente, e em seguida um momento intercultural com explicações dos estudantes indígenas sobre suas culturas Karajá e Warao. Essa troca de saberes foi de grande proveito para que pudéssemos entender e compartilhar as diferentes culturas que nos cercam”.
A professora de matemática, Marlene Alves, relata sobre a experiência gratificante de aprender mais sobre a cultura dos estudantes indígenas. “Nossos alunos apresentaram parte da sua cultura, o grafismo usado na pintura corporal, os instrumentos e artesanatos e suas características. É interessante ver as classificações e os significados de cada pintura corporal em que algumas são específicas para mulheres, para homens e outras para ambos os gêneros”, pontuou.
Alguns dos recursos naturais usados durante as atividades foram fornecidos pelos próprios estudantes e suas famílias. O extrato vegetal de jenipapo, usado para pintura corporal foi extraído pela estudante indígena Ana Clara Karajá, enquanto os artesanatos de fibras de buriti e sementes foram confeccionados pelos familiares dos estudantes Warao.
Gabriela Rossi/Governo do Tocantins
Edição: Marcos Miranda/Governo do Tocantins
Revisão Textual: Ruthy Soares/Governo do Tocantins