CMTO de Palmas celebra a cultura e ancestralidade em evento de Consciência Negra

Tocantins

18.11.2025

O Colégio Militar do Estado do Tocantins (CMTO) Senador Antônio Luiz Maya, de Palmas, está promovendo entre os dias 17 a 19 de novembro a 14ª Semana da Consciência Negra do CMTO, com o tema “Raízes que nos conectam”. O evento conta com diversas atividades voltadas para a valorização da história, cultura e identidade do povo negro.

Durante os três dias de evento os estudantes vivenciaram diversos aspectos da cultura negra, desde teatros, danças, exibições de obras audiovisuais, exposições de artes, além de oficinas de pintura, máscara e bonecas. Também foi organizada uma sala temática onde os alunos apresentavam para o público um pouco sobre alguns cientistas negros que marcaram a história.

O professor coordenador de área de ciências humanas, e um dos organizadores do evento, Ederval Camargo Rocha, explica que o tema deste ano foi discutido e trabalhado com os professores da área e com os estudantes em sala de aula. “Escolhemos essa temática para trazer a ideia de que você só consegue desenvolver uma ideia antirracista, uma ação antirracista, se primeiro você tiver consciência de quem você é e da sua identidade”, pontuou.

De acordo com o professor de artes, Renato Barrete, todo o trabalho desta semana é a culminância do que vem sendo realizado ao longo do ano letivo. “É um tema que perpassa o meu currículo, o meu planejamento, então a gente começou fazendo essas ações em sala de aula. Fizemos um levantamento com os estudantes da segunda série sobre as personalidades negras que eram importantes para eles, que acabou resultando na construção de painéis. Temos também uma oficina de bonecas Abayomi e de máscaras africanas, além da exposição de um ensaio fotográfico sobre ancestralidade”.

A estudante da 3ª série Samara Quintela destaca a importância de abordar essa temática nas escolas. “Nós trabalhamos com esses temas por muito tempo, tanto em sala de aula, como fora dela e foi um processo de aprendizagem mútuo entre os professores e os alunos. Aprendemos muito durante o processo de realização do nosso trabalho, então foi muito importante para entendermos as nossas origens e a importância da cultura negra no nosso país”, afirmou.

Para a estudante da 3ª série Karyne Lima foi muito significativo estudar sobre cientistas negros do Brasil. “Fizemos um trabalho intenso de pesquisa sobre os principais nomes de cientistas negros, muitas vezes apagados pela história, mas que têm uma relevância muito grande e não recebem um destaque que merecem. Juntamos dados, imagens, fizemos cartazes, apresentações, quiz, tudo isso, para que as pessoas possam conhecer melhor essas personalidades, que muitas vezes não são comentadas, mas que são tão importantes para a história do país”, frisou.

As exposições com salas temáticas continuam até quarta-feira, 19.

Gabriela Rossi/Governo do Tocantins