Centro Territorial de Educação Profissional em Santo Antônio de Jesus é destaque no IDEB

Bahia

01.10.2020

As unidades ofertantes da Educação Profissional e Tecnológica da rede estadual também são  destaques no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) na Bahia. Um exemplo disto é o Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Recôncavo, localizado no município de Santo Antônio de Jesus, a 194 km de Salvador, que ultrapassou a meta nacional de 4.3 para o Ensino Médio, no IDEB 2019, com a pontuação de 4.5. O Centro, fundado em 2009, tem 1.800 estudantes, distribuídos nos cursos técnicos em Agropecuária, Administração, Enfermagem, Análises Clínicas, Segurança do Trabalho, Logística e Eletrotécnica.

O diretor do CETEP, Ivanilton Amparo, destacou o diferencial da unidade para elevar a nota do IDEB. "Este resultado é um prêmio para a nossa comunidade escolar, pois foi plantada uma semente de cooperação pedagógica entre todos os participantes desse processo de ensino e aprendizagem. É importante destacar a cumplicidade e a união para desenvolver os projetos estruturantes da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC); a participação em olimpíadas; o desenvolvimento de oficinas; e, sobretudo, os momentos de planejamento coletivo de AC's (Atividades Complementares), que foram fortalecidos com o excelente trabalho das coordenadoras pedagógicas e das equipes de articulação".

Para Manoel Mota, membro do colegiado escolar e pai do estudante Felipe Mota, 19, que faz o curso técnico em Agropecuária, a pontuação no IDEB é fruto da dedicação de toda a equipe. “É uma satisfação enorme saber que o CETEP teve este resultado positivo no IDEB e, isso, é devido ao zelo, carinho e à dedicação com que o corpo da unidade trata a educação. Parabenizo a todos que fazem parte do CETEP e, por fazer parte do colegiado, sou testemunha desse empenho de todos, pois participo de reuniões periódicas e vejo a preocupação que todos os professores e servidores têm com a educação”, afirmou.

A coordenadora pedagógica Tatiani Sugai pontuou algumas ações e atividades, desenvolvidas no CETEP, que também refletiram no resultado. "As principais ações foram discutir alguns dados do IDEB de 2017 com os professores na Jornada Pedagógica e, ao final de cada unidade letiva, elaboramos gráficos de rendimento de cada disciplina para discutir e propor intervenções. Além disso, dialogamos com os estudantes acerca da importância da avaliação do SABE (Sistema de Avaliação Baiano de Educação), bem como aplicamos e discutimos o resultado com professores e estudantes. Sendo assim, planejamos aulas baseadas nos descritores mais críticos e implantamos o Plantão Pedagógico para atendimento individualizado dos pais, além de outras ações".

Segundo a professora Giuliana Almeida, as intervenções realizadas durante o ano letivo de 2019 auxiliaram na melhoria leitora e, consequentemente, no aumento do IDEB. "O avanço da proficiência leitora sempre foi uma competência almejada no CETEP. Diante desse desafio, os professores de Linguagem promoveram vários eventos de leitura e escrita, por meio de projetos contemplando variados gêneros. Essas ações foram baseadas na Matriz Referencial de Língua Portuguesa, a fim de auxiliar na formação e no desenvolvimento leitor dos estudantes envolvidos", salientou.

Sobre o IDEB – O IDEB foi criado pelo governo federal para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas. No Ensino Médio, a rede estadual de ensino saltou de 2,7 (2017) para 3,2 (2019). Este foi o melhor IDEB alcançado pela rede desde que o índice foi instituído, em 2007. Em termos relativos, percentuais, o IDEB da Bahia cresceu 18,5%, sendo o segundo maior crescimento do país. A Bahia também é um dos oito estados com aumento maior do IDEB, 0,5, maior do que a média nacional, que foi de 0,4.

O avanço também foi constatado nos ensinos Fundamental I e II da rede pública, que possuem ofertas pelas redes estadual e municipais. O IDEB demonstrou que, no Ensino Fundamental I (do 1º ao 5° ano), houve um crescimento de 4,7 (2017) para 4,9 (2019) e, no Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano), o desempenho foi ainda melhor, avançando de 3,4 (2017) para 3,8 (2019).