Capacitação de merendeiros na manipulação do camarão é mais um passo para inclusão do crustáceo na refeição escolar

Sergipe

27.04.2023

O primeiro passo foi o teste de aceitabilidade da comunidade escolar. O segundo passo já cumprido foi a chamada pública da agricultura familiar para a aquisição dos gêneros alimentícios. A capacitação de merendeiros na manipulação, armazenamento e cuidados com o camarão foi mais um passo dado nesta quarta-feira, 26, para que, ao fim do primeiro semestre deste ano letivo, os alunos das escolas, primeiramente, do ensino em tempo integral da região Sul sergipana, Baixo São Francisco e Aracaju, tenham o crustáceo no dia a dia da merenda escolar. 

Merendeiros de 21 escolas de Aracaju participaram da capacitação com técnicos do Departamento de Alimentação Escolar da Seduc, que transmitiram informações sobre os valores nutricionais do camarão, o armazenamento adequado, a manipulação e as opções de cardápio de acordo com o já oferecido, além de como evitar reações alérgicas e o que fazer se se depararem com algum caso. 

Foram facilitadoras da capacitação as nutricionistas Luana Maria Santos e Priscila Curry, coordenadas pela nutricionista Daiane Marques. Elas informaram que o camarão é uma fonte de vitaminas dos complexos B, D e E, além de rico em ômega 3. Também ressaltaram que o camarão chegará sem cascas, limpos e congelados, e que, como os outros alimentos,  deverá ser observada a validade dele e utilizar o método PVPS (primeiro que vence, primeiro que sai), entre outras informações.

 

A diretora do Departamento de Alimentação Escolar da Seduc (DAE/Seduc), Lucileide Rodrigues, destacou que o planejamento da Seduc é enviar o crustáceo duas vezes por mês para as escolas programadas nessa primeira etapa. “Fizemos o teste de aceitabilidade nas diretorias regionais 1 e 6, abrimos a chamada pública para o filé do camarão, sem casca. A capacitação de merendeiros é mais um passo”, destacou, informando também que, juntamente com o camarão, chagará o leite de coco, o pão de macaxeira e o arroz tipo 2.

 

O secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral destacou o quanto é importante o trabalho dos merendeiros na comunidade escolar e enfatizou que o camarão na merenda é uma forma de inclusão. “Muitos de vocês conhecem os alunos e professores por meio de um olhar. Com os alimentos, os merendeiros promovem afeto; humanizam, acolhem e vocês cuidam dos alunos porque alimentam e trazem sabor para a educação”, destacou.

Aprovadíssimo

As merendeiras Cristiane Gomes e Edenézia de Jesus, do Centro de Excelência João Costa, participaram da capacitação. Cristiane Gomes definiu como um momento de descoberta e que o tipo de prato a servir com o camarão dependerá da criatividade de cada profissional. Edenézia destacou que amou a capacitação por saber que a alergia, na maioria dos casos, não é pela carne do camarão, mas sim pela casca.

Os merendeiros Fábio Cruz, Patrícia de Jesus e Maria Leide dos Santos, do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, também participaram. “Aprovadíssimo.  Penso em fazer bobó de camarão, creme de abóbora, camarão no molho do macarrão”, disse. 

A coordenadora Francisquinha de Souza Ramos destacou que os alunos no Centro de Excelência Barão de Mauá já estão na expectativa de que o crustáceo seja servido. “Já temos seis receitas para fazer. Vamos sempre inovar”, afirmou.