Alagoas
08.07.2019Texto de Ana Paula Lins
“Posso afirmar, sem dúvida, que o Padre Manoel Vieira, é, hoje, o melhor ginásio para práticas esportivas aqui em Penedo”. A fala da Cassandra de Lima, aluna do Colégio Nossa Senhora de Fátima, da rede particular de Penedo, reflete não só o entusiasmo de uma adolescente pelo esporte – no seu caso, pelo futsal – mas também a alegria de disputar os Jogos Estudantis de Alagoas (Jeal) em casa. E o resultado não poderia ser melhor: no dia em que completou 16 anos, Cassandra e suas companheiras comemoraram com vitória em quadra.
No Ginásio Padre Manoel Vieira – um dos 19 reformados pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que construiu outros 55 - a disputa do Jeal recebeu 55 equipes de futsal (jogos ocorreram também no Ginásio Santa Luzia). Paralelamente, Arapiraca sedia as partidas do handebol no Ginásio Deputado José Lúcio de Melo (mais conhecido como ginásio da Escola Quintella Cavalcanti, que também foi reformado pelo Governo de Alagoas) e Ginásio Municipal João Paulo II. Já Coruripe recebe, desde sábado (6), o basquete e voleibol no ginásio do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e da Escola Estadual Inácio de Carvalho – este último, uma construção recente.
“Temos 1.100 atletas disputando as quatro modalidades coletivas do Jeal e essa interiorização tem sido uma experiência muito positiva. Ano passado, tivemos uma etapa em Arapiraca e, este ano, ampliamos para dois municípios”, conta Henrique Vilela, coordenador do Jeal.
Perto de casa – Além da adrenalina do esporte e da possibilidade de fazer novos amigos, o Jeal também proporcionou uma alegria extra para alguns jovens: a chance de jogar em casa, ao lado de suas famílias e amigos.
Na torcida do Colégio Nossa Senhora de Fátima, uma das mais animadas era Sandra Lima dos Santos, mãe de Cassandra. Sempre que a filha entra em quadra, a mãe coruja faz questão de estar lá para apoiá-la. “Está sendo ótimo termos o Jeal aqui em nossa cidade e podermos passar essa energia para as meninas. Na minha adolescência, também joguei futsal neste mesmo ginásio e é maravilhoso vê-lo recuperado”, comemora Sandra.
Também presente ao estádio, estava o diretor-adjunto da Escola Estadual Comendador José da Silva Peixoto, Antônio Firmino dos Santos, que aguardava a partida de sua equipe juvenil masculina. “Estamos com nossas equipes masculina e feminina nos Jogos e fazemos questão de prestigiá-las”, revela Antônio. A unidade de ensino, por sinal, também cedeu seu refeitório para o almoço e jantar dos atletas.
A estudante Isabele Tainá, aluna da Comendador, esbanjava alegria por estar jogando na sua terra e representando sua escola. “Tenho orgulho de representar minha escola e o Jeal está sendo uma experiência incrível, conheci pessoas maravilhosas”, destaca a garota.
Elogios – A organização e estrutura do evento recebem elogios não só dos nativos, mas também de gente que veio de longe para representar sua escola e seu município. É o caso de Iuri Cabral, aluno da Escola Estadual Lucilo José Ribeiro, de São José da Tapera. “Está sendo uma experiência maravilhosa. Sou muito grato por tudo o que estou vivendo aqui”, resume o garoto.
Pensamento similar ao de Jamerson Araujo, professor do Colégio Cristo Redentor, da rede particular de Palmeira dos Índios. “A cidade é muito bonita, o evento é muito bem organizado, estão todos de parabéns”, fala o professor.
A gerente da 9ª Gere , Maria Cristina Bóia Araújo e o coordenador do Jeal pela regional, Francisco Lemos, dizem que tudo foi organizado pensando-se nos mínimos detalhes. “O objetivo é acolher os atletas, professores e famílias da melhor forma possível e isso acontece por meio de uma parceria entre o Estado e o Município”, frisa Maria Cristina.
Francisco, mais conhecido como Bobby, lembra que este é o terceiro grande evento esportivo sediado pelo Ginásio Padre Manoel Vieira desde a sua reinauguração. “Tivemos anteriormente os Jogos da Primavera e a etapa regional do Jeal e a população penedense vem prestigiando os jogos. Além disso, a cidade encanta os atletas e professores visitantes pela sua beleza, história e receptividade de seu povo”, observa.