Alunos sergipanos ganham bolsas de iniciação científica para desenvolver projetos

Sergipe

19.05.2021

Os alunos do Ensino Médio em Tempo Integral do Colégio Estadual Abdias Bezerra, em Ribeirópolis, estão tendo cada vez mais destaque em projetos científicos. Orientados pelo professor de Química Danilo Oliveira Santos, seis estudantes já conseguiram bolsas de Iniciação Científica Júnior. 

Três dessas bolsas são vinculadas ao Projeto Produção de Bioplástico para a Aplicação na Agricultura, desenvolvido por meio do Edital nº 03/2020 da Fapitec/Seduc. O professor explica que a partir desse edital, foi conquistada uma bolsa Pibic Jr. As outras duas vieram da participação dos alunos na Cienart Virtual 2021. Os três integrantes contemplados com bolsas foram Ana Beatriz Barreto, Diogo Santos Lisboa e Iasmin dos Santos Góis.

As outras três bolsas PIBIC Jr são oriundas de uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) no projeto "Meninas na Ciência". O projeto foi submetido pela professora Eliana Midori Sussuchi, do Departamento de Química da UFS, com título "Ações para a inserção e permanência de meninas nas Ciências Exatas". O projeto está em fase de implementação, e as alunas bolsistas irão trabalhar com a produção de experimentos, equipamentos e divulgação dos materiais produzidos em feiras científicas e redes sociais. Foram contempladas com bolsas as estudantes Mirella Fernandes dos Santos, Naelly Oliveira Santos e Ingride Ferreira da Mota.

Desenvolvimento

Os diversos trabalhos científicos têm estimulado os alunos a evoluírem, tanto no aprendizado, quanto em suas vidas. "Os projetos de pesquisa contribuem com o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes em suas buscas por resolução de situações-problema, melhoria de materiais, investigação dos experimentos e divulgação de seus resultados. Além disso, a partir dos estudos na Educação Básica, o aluno poderá escolher cursos da área de Ciências Exatas e da Terra, por terem um conhecimento mais abrangente e diversificado", disse o professor Danilo.

A aluna Iasmin dos Santos Góis falou sobre a importância de ter conquistado a bolsa de Iniciação Científica Júnior. "Eu vejo como um apoio motivacional e educacional para capacitação do meu projeto de vida e incentivo à participação de novas formas de ensino a distância. A bolsa me trouxe mais motivação para participar de projetos da escola. É um ótimo aprendizado sobre a ciência", declarou.

Já a aluna Mirella Fernandes dos Santos disse ter ficado entusiasmada com a bolsa e vê a realização do projeto com grandes expectativas. "Achei muito legal e incrível da parte do professor disponibilizar a bolsa e nos dar esse momento de aprendizagem. Fiquei muito feliz e realizada, e acredito que vai ser um projeto incrível", afirmou.

Projetos

O Colégio Estadual Abdias Bezerra está localizado na cidade de Ribeirópolis, onde parte da economia é baseada na agricultura com cultivo de algodão, mandioca, feijão, batata doce e amendoim, além da pecuária. Como há um grande descarte de materiais plásticos na natureza, o primeiro projeto tem como objetivos produzir um bioplástico a partir de um resíduo gerado pela população e utilizá-lo para fabricação de tubetes, visando a promover, de forma prática, o aprendizado da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

Durante o desenvolvimento do projeto, os alunos estudam a importância da produção de materiais alternativos oriundos de fontes renováveis; analisam a produção e utilização de plásticos na sociedade; realizam estudo local sobre a produção agrícola; promovem discussão sobre os resíduos gerados pela população; produzem um tipo de bioplástico e o utilizam na fabricação de tubetes em substituição das sacolas plásticas usadas na agricultura.

Já o Projeto Meninas na Ciência visa a incentivar a participação e inserção de meninas nas diversas áreas das ciências exatas e, em especial, na Química, a partir de atividades que potencializem a sua permanência nessa área de formação. Por meio dele será possível implementar o programa de bolsas de iniciação científica nas escolas participantes; promover mostras científicas no ambiente das unidades de ensino, escolas participantes, a fim de instigar nas alunas o interesse pelo campo das ciências exatas; construir experimentos e equipamentos científicos de baixo custo para elucidar os fenômenos do cotidiano, relacionados à experimentação em Química; ampliar a capacidade das alunas no que diz respeito à comunicação e à desenvoltura, devido à socialização de ideias durante as mostras científicas; e despertar um pensamento crítico frente às questões socioambientais.