Alunos ganham celulares para auxiliar no acompanhamento das aulas virtuais

Ciência e Tecnologia

29.09.2020

Colégios pelo Paraná estão promovendo ações de arrecadação de celulares, para que os alunos que não têm celulares próprios em casa  possam acompanhar a integralidade das atividades digitais. A iniciativa é importante por manter o vínculo entre estudantes, colegas e professores, principalmente durante o período em que o ensino tem sido feito de forma remota.

Em Curitiba a ideia surgiu dos próprios professores, preocupados justamente com os alunos que, por não ter aparelho celular, acabam estando em descompasso com o restante da turma. Quem explica é Cristina Felisbino de Matos, diretora geral do Colégio Estadual Paula Gomes. “A ação de veio por uma reunião da equipe diretiva com os professores, pois os alunos de usam o material impresso estão sendo atendidos, mas sem contato com professores e colegas de turma, sem a rotina que os outros têm”.

Cristina comenta que a direção do colégio e professores conversaram entre si para tentar arrecadar os aparelhos. “Como a campanha começou faz pouco tempo, arrecadamos sete celulares até o momento, e começamos a fazer as doações no final da primeira semana, junto o material impresso”, completa. “Nós tivemos o cuidado de ligar para as famílias e explicar a ação, perguntando se haveria interesse e autorização para dar o celular aos estudantes. Explicamos também que o pacote de dados não seria consumido”, reforça.

Ela comenta também que, com a autorização do pais ou responsáveis, o aluno foi até o colégio, instalou o aplicativo das aulas em conjunto com os professores e recebeu o aparelho.

Ações similares no Interior - União da Vitória foi outra região do estado que conseguiu desenvolver ações para arrecadar aparelhos celulares para estudantes. Por lá o Núcleo Regional de Educação (NRE) firmou uma parceria com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Fórum Cível (Cejusc) e com a Vara da Infância e Juventude, para a campanha ‘Ajude um Aluno’. Quem explica a história é Carlos Alberto Polsin, chefe do NRE - União da Vitória. “O objetivo é arrecadar e doar celulares, tablets ou computadores para os estudantes que não têm. Até o momento foram doados vinte aparelhos eletrônicos, e a ideia é dobrar este número nesta semana”.

Polsin comenta que inicialmente o NRE fez um levantamento de quantos alunos estavam na situação de descompasso com o restante da rede, e aproveitaram um projeto de mais de uma década na região. “O juiz de direito da comarca de União da Vitória foi um dos precursores da campanha, pois a parceria já acontece há mais de uma década para combater evasão escolar. Neste momento de pandemia foi feita uma solicitação ao juiz para que os aparelhos eletrônicos apreendidos fossem doados, e em um segundo momento, passamos a incentivar a doação de celulares ou notebooks por parte de toda a população”.

O chefe do NRE - União da Vitória reforça que a campanha não tem uma meta final, mas que a ideia é poder beneficiar o máximo de estudantes possível. “Muitas pessoas se solidarizaram com a causa e doaram, além do Centro Universitário de União da Vitória que ofertou os cursos de tecnologia para formatar os celulares apreendidos para que cheguem sem problema técnico para os alunos”, conclui.