Alunos e professores recebem homenagem da Educação do pará após destaque no maior torneio de robótica do Brasil

Pará

13.06.2022

O protagonismo da rede pública estadual em iniciativas que envolvem a ciência, a robótica e a tecnologia, tem sido cada vez mais recorrente. Prova disso é que cinco alunos das escolas estaduais Albanízia de Oliveira Lima e Jarbas Passarinho, em Belém, juntamente com seu mentor, o professor Rafael Herdy, foram destaque durante o 4º Festival SESI de Robótica, em São Paulo (SP). 

A equipe, intitulada de “Pavulagem”, foi o único grupo que representou o ensino público de toda a Região Norte na seletiva para o torneio internacional de robótica First Lego League (FLL), que desde 2004 é operacionalizado, no Brasil, pelo SESI. Na ocasião, o professor Rafael Herdy, foi eleito o quarto melhor técnico de robótica do Brasil.

Em reconhecimento a esse feito, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da Secretaria Adjunta de Ensino (Saen), preparou uma homenagem especial para esses brilhantes paraenses na última terça-feira (7). Os professores Rafael Herdy e Petrônio Medeiros, além dos alunos Judson Barbosa, Gustavo Lima, Rodolfo Costa, Karen Souza e Emilly Trindade, foram recepcionados pela secretária adjunta de Ensino da Seduc, em exercício, Regina Celli Alves; o responsável pela Coordenação de Tecnologia Aplicada à Educação, Jó Elder Vasconcelos e demais servidores da Seduc. 

“Iniciamos essa campanha de incentivo à robótica em 2018 e, de lá para cá, estamos progredindo cada vez mais. Agora alcançamos, vamos dizer assim, o degrau mais alto já atingido por uma escola pública, que é participar do Festival SESI de Robótica e, principalmente, ser destaque durante o evento. Isso abre portas, muitas possibilidades, além de incentivar que outros alunos que estão iniciando na robótica, se empenhem nas atividades e trabalhos que desenvolvem”, enfatizou Jó Elder Vasconcelos. 

OPORTUNIDADE

Aluna da Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, pela segunda vez, Karen Souza participou do evento e falou da importância de representar o Pará na competição e, principalmente, as escolas públicas e o público feminino. “Metade da nossa equipe é composta por meninas, e é muito fundamental garantir oportunidades para nós, mulheres. Levar o nome da única escola pública da Região Norte, mais precisamente do Pará, nesse evento internacional, é uma imensa satisfação e estamos muito gratos por tudo isso”, frisou.

Embora muitas pessoas achem que trabalhar com robótica é uma área específica das ciências exatas, os professores Rafael Herdy e Petrônio Medeiros são exemplos de que nem sempre é assim. Graduados em artes e história, respectivamente, os mentores da equipe “Pavulagem” são a prova de que não há fronteiras para trabalhar com a tecnologia.

A modalidade envolve uma série de disciplinas e pode ser trabalhada em uma série de perspectivas, já que seu fundamento é o que os professores chamam de STEAM, que significa: ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática, possibilitando ao aluno se preparar para desafios como cidadão e também para o mercado de trabalho.

“A robótica traz essa possibilidade de transformação dos estudantes, porque um dos elementos centrais que a gente sempre fala, é que essa ciência é muito mais do que o robô. A intenção é provocar nesses alunos a terem autonomia, a pesquisa, a serem protagonistas da sua própria vida e se sentirem seguros em perceber os problemas e procurar soluções”, afirmou Petrônio Medeiros.

REPRESENTATIVIDADE

Uma das características principais da equipe “Pavulagem” é o seu típico chapéu de fitas coloridas, muito comum durante os cortejos-arrastão do Arraial do Pavulagem, em Belém. “A intenção foi justamente fazer referência à nossa cultura, a algo que mobilize as pessoas, que tenha a ver com esse colorido da nossa sociedade. O boi bumbá é um personagem muito tradicional da cultura popular. Por isso, decidimos fazer uma homenagem ao boi pavulagem, essa figura representativa que se apresenta a cada ano, durante o mês de junho, e que merece toda nossa admiração e respeito”, concluiu o educador.

 

Texto em colaboração com Maria Rita Araújo (Ascom/Seduc)

Por Vinícius Leal (SEDUC)