O Colégio Estadual Dom Fernando I, no Jardim Dom Fernando, em Goiânia, lançou nesta quarta-feira (5/6), um projeto de robótica em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) de Goiás.

Consagrada em competições nacionais e internacionais na área, a equipe do Sesi apadrinha o projeto que surgiu a partir do interesse dos próprios alunos da escola, que já participavam de aulas de robótica na disciplina de Matemática. O projeto será desenvolvido com as turmas dos três anos do Ensino Médio, sendo 200 alunos no período matutino e 100, no período vespertino.

De acordo com a diretora do colégio, Idalisa Brasil, o objetivo do projeto é despertar a curiosidade e o interesse dos estudantes com os aspectos relacionados às disciplinas de Física, Matemática, Química e do cotidiano, além da interação entre si e a escola. “Falar em robótica hoje significa estar atento ao mundo contemporâneo. Por isso, a nossa escola, entendendo a necessidade dessa atualização e a sociedade em que estamos inseridos, buscou essa parceria com o Sesi”.

Idalisa ressalta ainda que a comunidade escolar está muito feliz com a implantação do projeto. “Muito obrigada ao Sesi por estar aqui conosco, partilhando seu conhecimento. O Sesi é pioneiro da robótica em Goiás e agora somos os afilhados deles, por isso estamos muito felizes em honrados em poder receber na nossa escola um projeto tão imponente”, destacou.

Ferramenta de ensino

O professor de robótica do Sesi Canaã, José Nazaré Junior, foi o responsável por apresentar o projeto aos alunos do Colégio Estadual Dom Fernando I. Ele explica que a proposta de levar a robótica para as escolas públicas é contribuir para a educação de forma geral e democratizar o acesso a este tipo de projeto. “Já temos algumas parcerias nesse sentido. Hoje viemos explicar sobre o trabalho, seleção dos alunos, preparação das equipes e como estas ações têm se tornado uma das principais ferramentas de ensino de diversas disciplinas”.

Para o professor, a robótica é uma ferramenta importante na disseminação de conhecimento de matérias como Física e Matemática, porque permite que o aluno vivencie, na prática, aquilo que ele normalmente só vê em livros. “Os jovens conseguem perceber melhor a disciplina e as ferramentas que isso pode trazer através da robótica”, destaca.

Diretrizes

O professor de Matemática Charlles de Morais Borges é o responsável pelas diretrizes do projeto no Colégio Estadual Dom Fernando I. Ele explica que a intenção é despertar o olhar do aluno para tudo o que acontece fora da escola, nas indústrias, no mercado e até mesmo na vida cotidiana. “Essa ação é também para a formação do aluno, que tem que ter competências diversas e responsabilidades para fazer parte da equipe, preparando para a linha de programação, mas associando com a cidadania, responsabilidade e valores”.

Charlles destaca ainda que a ideia do projeto é usar o pano de fundo do robô para poder trazer uma educação inclusiva e despertativa nesse aluno, sempre de maneira integrada com as disciplinas. “A robótica necessita de conteúdos e conhecimentos que a Biologia explica, que a Química interage, que a Matemática proporciona e que a Física faz acontecer. Não é uma matéria isolada, mas uma simbiose de todas as outras”, completa.