Alunos de Brazlândia têm ‘aula’ no Zimbábue

Distrito Federal

25.11.2019

Estudantes do CEF 03 aprenderam sobre a cultura do país africano e as funções de uma representação diplomática

Uma aula da escola como se estivessem em outro país. Foi assim a manhã de quinta-feira (21) dos alunos do Centro de Ensino Fundamental 03 de Brazlândia que estiveram na embaixada do Zimbábue, por meio do programa Embaixadas de Portas Abertas (Pepa). A iniciativa do Governo do Distrito Federal tem coordenação da Secretaria de Relações Internacionais (SRI-DF) e apoio da Secretaria de Educação (SEEDF) e da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB).

Os estudantes foram recepcionados como se estivessem entrando em um outro país. Na chegada, eles receberam passaportes do Pepa para que fossem carimbados.

“Eles estão falando inglês”, reagiu um dos alunos, admirado. Talvez essa fosse a primeira vez que ele ouvia uma conversa entre duas pessoas de outro país. E assim, seguiu-se a experiência de conhecer, de perto, a história, a geografia, a cultura e tradições do país africano.

Estar em um ambiente de trocas culturais despertou a curiosidade dos participantes. Eles ouviram atentamente às palavras de abertura do embaixador do Zimbábue no Brasil, Gumisai Gideon Gapare, que arriscou-se na comunicação em português.

Durante os intervalos, estudantes também conversavam entre si, perguntando de onde seria a ancestralidade de um e de outro, e treinaram cumprimentos da língua tradicional xona, como o “bom dia!” e “como vai você?”.

A memória e as habilidades em idiomas dos participantes também foram testadas. Após apresentar informações da história, geografia, ecologia, cultura e esportes da nação, a conselheira da embaixada, Melinda Ruvarashe Chingono, conduziu uma brincadeira com mímicas – na qual cada aluno lia uma palavra em xona para imitar seu respectivo animal.

Tamanha foi a surpresa dela pelo rápido acerto dos jovens brasilienses e pela entusiasmada participação deles que, ao fim, todos os participantes ganharam lembranças confeccionadas por comunidades locais zimbabuanas.

As atividades foram conduzidas nas dependências da embaixada e, nesse contexto, o intercâmbio também valeu-se em explicar as funções de uma representação diplomática, os níveis hierárquicos da carreira e a missão de um diplomata em representar seu país.

Esclarecendo sobre seu papel e instigando os visitantes a ampliar suas possibilidades de futuro, o ministro-conselheiro e chefe da chancelaria, relatou: “Quem exerce a diplomacia carrega inúmeras responsabilidades, mas é por estarem comprometidos em transmitir as ideias e o trabalho de seu país que se tornam as pessoas mais confiáveis — os olhos e os ouvidos da nação —, tendo como principal objetivo a criação de relações amigáveis para garantir uma comunidade harmônica e pacífica no mundo. Quem de vocês gostaria de se tornar diplomata, um dia?”.

A embaixada do Zimbábue foi a 65ª representação diplomática participante do Pepa. O próximo encontro desse projeto de intercâmbio acontece em dezembro, nas dependências do  CEF 03 de Brazlândia.

Agência Brasília