Alunos da rede estadual tomam posse como jovens vereadores na Câmara de Curitiba

Paraná

24.05.2024

Alunos da rede estadual eleitos jovens vereadores por meio do programa Parlamento Jovem foram empossados na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) durante sessão plenária nesta quarta-feira (22). O projeto é uma proposição da Escola Judiciária Eleitoral do Paraná (EJE-PR), do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) e as câmaras municipais.

 

Ao todo, 702 estudantes do ensino médio se candidataram no Paraná, 331 foram eleitos e assumirão nas Câmaras de Vereadores de seus respectivos municípios. Os estudantes realizam campanhas eleitorais fictícias, incluindo todas as etapas, desde a definição da estratégia, divulgação, comícios, mobilização de eleitores, elaboração de propostas e, por fim, a eleição.

 

O evento desta quarta-feira contemplou os 20 alunos de Curitiba que, eleitos jovens vereadores, assinaram termo de posse e participaram das tradicionais solenidades que inauguram as legislaturas da CMC, oficializando o início de seus mandatos, a serem cumpridos nas instituições de ensino nas quais estão matriculados: o Colégio Estadual Cívico Militar Yvone Pimentel e o Colégio Estadual Santa Gemma Galgani, ambos da Capital.

 

Proposta no mês de março e executada no mês de abril, a atividade engajou os estudantes a atuarem em diversas frentes de uma campanha eleitoral como candidatos, gestores de campanha, mobilizadores de base, assessores e mesários. Houve eleição simulada, com direito à filiação em partidos fictícios, campanha política e votos na urna eletrônica, dentro das escolas.

 

“O próximo passo a ser dado pelos estudantes eleitos será aprender o papel dos vereadores na prática, como elaborar projetos de lei, a serem votados durante sessão plenária simulada no fim das ‘legislaturas’. As sugestões podem, inclusive, sair do papel e se tornarem lei em Curitiba, como propõe o programa”, explica Adriana Rigon Wille, coordenadora de Programas Especiais da Seed-PR.

 

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SAÚDE E INCLUSÃO – Promover a prática de atividades físicas nos intervalos das aulas, por meio de torneios e competições em prol de um estilo de vida mais ativo. Esta foi a proposta que alavancou a eleição do vereador mirim Luís Henrique Pinheiro Gonçalves, aluno do 2° ano do Ensino Médio no CCM Yvone Pimentel. Na escola, a atividade foi proposta como trabalho do componente curricular de Civismo e Cidadania.

 

Luís afirma que a participação no programa rendeu-lhe o desenvolvimento de novas habilidades, além do conhecimento prático do processo eleitoral e da importância do exercício do voto. “Para me apresentar como candidato precisei desenvolver habilidades em oratória e relações públicas. Angariar votos é apenas o primeiro passo. Agora, eleito, vou trabalhar para implementar, na prática, aquilo que propus”, afirma.

 

Em relação ao desenvolvimento da atividade, Fabiane Severino Leite, pedagoga da escola, explica que o trabalho despertou grande interesse dos estudantes. “Aos poucos a importância do processo eleitoral foi sendo assimilada pelos alunos. Na prática, observamos evolução importante em termos de posicionamento e comunicação no decorrer das campanhas. Também os orientamos a realizarem suas proposições de forma clara e ética, sem que fizessem alusão a propostas inviáveis de serem realizadas”, relata.

 

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João Victor de Souza Alvaro, aluno do 1° ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Santa Gemma Galgani, também elegeu-se vereador. Segundo Otávio Camargo Lobo Neto, diretor da escola, a identificação com os colegas e os interesses em comum foram preponderantes para a candidatura do jovem.

 

Identificando a demanda da inclusão de temas mais abrangentes nos chamados ‘Clubes do Protagonismo’ – encontros realizados em pequenos grupos, nos horários livres da escola, para realização de atividades de interesse comum –, João propôs que os estudantes colaborassem para a implementação de novas temáticas, que englobassem assuntos atrativos a todos, de forma mais democrática.

 

“João utilizou-se de um projeto já existente e bem aceito, enxergando uma demanda que ainda não tinha sido observada. Com isso, ele provou aos colegas que está atento aos seus anseios e que é possível tornar o espaço escolar ainda mais acolhedor”, afirma Otávio.