Alunos da rede estadual se preparam para embarcar rumo à Olimpíada Internacional de Matemática nos EUA

Rio de Janeiro

24.06.2023

Passaportes emitidos, malas quase prontas e expectativas nas alturas, como o avião que irá levá-los, em julho, rumo a Nova Iorque, nos Estados Unidos. Entre os passageiros estarão quatro alunos do Colégio Estadual Marechal Zenóbio da Costa, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. O embarque tem um motivo especial, já que eles vão disputar a medalha de ouro com finalistas de outros 50 países, na Olimpíada Internacional de Matemática. A vaga veio após superarem 200 participantes, em uma avaliação que contou com alunos de todo o Brasil.

Desde 2018, o projeto Sala de Aula Invertida, com metodologia de aprendizagem de matemática baseada em desafios, desenvolve um trabalho de forma integral com os alunos que aprendem a disciplina de uma maneira diferente. Eles passam por sessões de treinamento, resolvem desafios matemáticos complexos e aprimoram suas habilidades de raciocínio lógico.

Os estudantes do projeto têm demonstrado um talento excepcional na disciplina, e a unidade já conquistou mais de 200 medalhas. O colégio é reconhecido pelo alto desempenho dos seus alunos em competições nacionais e internacionais de matemática. Em 2019 e 2022, por exemplo, quando foram à China, conquistaram medalhas de bronze e de ouro.

Gabriela Tavares, de 15 anos e aluna da 1ª série do Ensino Médio, está ansiosa para o embarque. 

- É inovador. Eu nunca imaginei que estaria na Olimpíada Internacional de Matemática. As expectativas são as melhores e muito altas. Queremos trazer o ouro para o Brasil - disse ela, que sonha em ser engenheira civil. 

Os quatro alunos têm se dedicado intensamente aos estudos e treinamentos para a competição, com o apoio e orientação de seus professores e da equipe técnica responsável pela preparação dos estudantes para a olimpíada.

Para o professor Fernando Rocha, idealizador e diretor do projeto, a transformação de jovens vindos das camadas mais pobres da sociedade em feras da matemática é um sopro de esperança.

Foto:  William Montarroyos - Seeduc-RJ