Alunos atuam como “jornalistas” em projeto coletivo de escola em SP

Tulman Repórter

02.10.2015

“Tulman Repórter” é a iniciativa que, desde o mês de fevereiro, está mexendo com os alunos da 2ª série doEnsino Médio da E.E. Marcelo Tulman Neto, em São Paulo, e que esse ano comemora 30 anos de existência.

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Com a proximidade dos vestibulares e encerramento do ciclo na rede estadual paulista, o projeto incentiva os estudantes a fazerem pesquisas em sala de aula e de campo sobre questões que envolvem os bairros onde está localizada a unidade escolar, nos Jardins Miragaia e Campos. Tudo para que os estudantes criem maior senso crítico a respeito desses assuntos.

Religião, segurança, drogas, trabalho voluntário, esportes, entre outros assuntos. Todos esses temas foram pesquisados pelos jovens “jornalistas” com o objetivo de, no final, fazer um vídeo-documentário de até 15 minutos. Além disso, a ideia foi proporcionar aos alunos o conhecimento sobre o próprio bairro em que vivem.

“Nossos alunos fizeram pesquisa de campo que envolveu mais de duas mil pessoas”, revela Clayton Ferreira do Santos, professor de sociologia e um dos idealizadores do projeto.

No total, participaram do projeto cerca de 110 estudantes. Para Leticia do Nascimento Castro Cruz, o trabalho foi interessante para abrir sua visão sobre o mundo. “Eu estava muito presa às minhas opiniões e conceitos. E com esse projeto, eu saí da ‘caverna’ e aprendi entender a opinião das outras pessoas”, afirma.

Já para Jonathan, o trabalho foi além de ser um mero “repórter”. A iniciativa proporcionou ao estudante do Ensino Médio a possibilidade de ajudar o próximo, algo que não chamava muito a atenção do aluno antes. “Meu tema era voluntariado. No começo, eu não via isso como algo interessante, mas no decorrer do trabalho percebi que fazia muito bem ao meu dia-a-dia ajudar o próximo. Pude visitar três ONGs aqui da região e ajudar pessoas doentes e também idosos. Esse aprendizado eu vou levar para o resto da minha vida”.

“Com esse trabalho, eu descobri coisas que eu não conhecia como por exemplo, no esporte. Eu achava que isso se resumia a jogar futebol. Com o projeto aprendi outros esportes, além de conhecer os benefícios que a prática da atividade física traz à saúde. Aprendi com a pesquisa a me alimentar melhor, a fazer o alongamento corretamente, essas coisas”, afirma Matheus Vinicius.

Curiosidades do projeto

Além de professor da disciplina de sociologia, Clayton é formado em comunicação pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). E foi o gosto pela profissão que o instigou a desenvolver a iniciativa. “Uni as duas paixões, a comunicação e a pedagogia”.

Outra curiosidade da iniciativa é que o nome dado à escola é em homenagem a outro comunicador, o repórter Marcelo Tulman Neto.