Abordando o jovem empreendedor, Feceap 2020 inicia com relatos de participantes de edições anteriores

No Amapá

30.09.2020

Por Valdeí Balieiro 


Começou nesta terça-feira, 29, a 8ª edição da Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap) 2020. O evento acontece, pela primeira vez, de forma on-line e sem encontro presencial devido à pandemia do novo coronavírus.

Nas edições anteriores, espaços eram abertos em escolas e institutos públicos com a exposição de projetos científicos de várias áreas do conhecimento. Este ano, a edição terá apenas programação on-line, com três palestras e oficinas em parceria com a Universidade Federal do Amapá (Unifap).

De acordo com o secretário adjunto de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Dannielsom Thomptso de Miranda, mesmo diante da pandemia, que atingiu inúmeros outros eventos realizados com a presença de público, a Feceap 2020 não se deixou afetar.

“Num momento como este que vivemos, descobrimos o quão importante a ciência é para a humanidade. Portanto, incentivar isso nos estudantes e nos jovens é ainda mais relevante. Por isso, parabenizamos todo o esforço dos profissionais e estudantes que estão dando o máximo de si para realizar esta feira, mesmo diante de uma pandemia”, disse o secretário.

Neste primeiro dia de feira on-line, o palestrante Fernando Almeida abordou sobre jovens empreendedores no mundo dos negócios e a importância de serem acolhidos e lapidados.

“Quando falamos de empreendedorismo, falamos de capacidade de colocar em prática aquilo que está na minha cabeça, e o jovem com a vocação empreendedora precisa ser acolhido, abraçado e incentivado, porque ele chega na instituição sem conhecimento, mas com vontade. Outra coisa que o jovem empreendedor brasileiro precisa aprender é se reinventar, utilizar projetos e inová-las”, concluiu Almeida.

Sem a apresentação de projetos, estudantes contribuíram com relatos sobre suas experiências vividas com projetos científicos realizados em suas instituições de ensino.

Participante da edição de 2018 da feira, com o projeto “Minhocário”, Islondre Reis, estudante do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Amapá (IFAP), do campus Oiapoque, conta como foi participar e atingir o terceiro lugar.

“Na Feceap 2018, foi a minha primeira vez participando de um evento daquele nível, e sair premiado foi algo singular para mim. Então, o que a Feira propõe é muito maravilhoso e deve ser apoiado por todas as entidades responsáveis. Daí a importância de se incentivar a iniciação científica nas escolas”, comentou Reis.

Para o estudante cearense Yago Pinazzi, que esteve em Macapá participando da edição de 2017, com o projeto “Bioeye: Tecnologia em Microscópio”, o aproveitamento na Feceap lhe rende benefícios até hoje.

“O primeiro aprendizado que tirei na feira foi saber me comunicar com o público. E isso está sendo muito bom para mim que faço engenharia de computação e quando apresento um trabalho ou um projeto, acabo me saindo bem. Outra coisa importante é o trabalho em equipe e o quanto isso auxilia o jovem ao entrar no mercado de trabalho. Portanto, aproveitar o que a Feira proporciona para nós é muito bom e foi exatamente isso que eu fiz”, conta Yago.

 Programação da Feceap 2020

Dia: 30/09

Live de abertura e lançamento do livro “O ensino de ciências na educação inclusiva – Múltiplos Olhares”, com o professor Gerson Mól.

Horário: 16:00

Palestrante: Gerson de Souza Mól

Mediador: Gilvandro dos Santos Pantaleão

Dia: 01/10

Live Mulher digital: uma perspectiva possível

Horário: 16:00

Palestrantes:

Aletéia Patrícia Favacho de Araújo

Patrícia Araújo de Oliveira

Mediadora: Andréia Simoni Ribeiro de Souza

Feceap

Promovida anualmente desde 2013, a Feceap recebe projetos científicos de várias áreas do conhecimento, com o objetivo de despertar nos jovens o interesse pela ciência, além de estimular a criatividade, a inovação e o empreendedorismo. Os responsáveis pela produção dos trabalhos são estudantes da Educação Básica com até 20 anos.

A Feceap faz parte do circuito nacional de feiras científicas realizadas em outros estados, como Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul, que estão interligadas a eventos científicos internacionais, a exemplo da MILSET AMLAT, entre outras, com parceria com a WIFA.