No dia 18 de agosto a Rede Estadual de Pernambuco comemora o Dia Estadual de Bandas e Fanfarras, prevista na Lei Nº 16.695, de 2019, de autoria do Deputado Professor Paulo Dutra. A data é em homenagem a criação da primeira Copa Pernambucana de Bandas e Fanfarras. Atualmente, a Rede conta com 400 agremiações em escolas de todas as regiões. 

A banda mais antiga em atividade é a do Ginásio Pernambucano (unidade Cabugá), fundada em 1832. Com mais 40 estudantes e ex-estudantes na agremiação, o grupo já conquistou centenas campeonatos em todo o país. O regente da banda, Waldirei Rodrigues, tem uma relação não só profissional com ela, mas de afeto. Em 1988, quando se tornou aluno da unidade de ensino, se apaixonou pelo grupo e prometeu que um dia seria regente. 

Começou tocando corneta e quando terminou o Ensino Médio, se formou em licenciatura e bacharelado em música, e há 12 anos é o maestro da banda. “É minha referência de vida. Foi da banda do GP que eu tirei toda a minha experiência de prática e de ensino. E é nela que a gente consegue educar envolvendo a arte, trabalha o lado emocional dos alunos e resgata vidas”, disse Rodrigues. 

Desde 1986 coordenando as bandas e fanfarras das escolas estaduais de Pernambuco, Waldenilson Cunha, gerente de Ações Culturais da Secretaria de Educação do Estado, acredita no poder transformador das agremiações. “A banda é uma grande incentivadora. Temos muito caso de alunos que não tinham um bom desempenho nas escolas e passaram a melhorar significativamente as notas e a participação nas aulas após ingressarem nas bandas. Para fazer parte delas, tem que ter boa nota e disciplina. É mais uma porta que a Rede Estadual de ensino abre para a vida do jovem”, contou. 

Mais de 24 mil alunos da rede fazem parte das 400 bandas existentes no Estado. Além deles, as agremiações contam com 279 maestros. Em alguns grupos, ex-alunos e moradores de comunidades dos entornos das escolas também tocam instrumentos.