Selecionados 10 curtas finalistas do Festival de Cinema das Escolas Estaduais de MS – Prêmio “Joel Pizzini”

Mato Grosso do Sul

04.09.2023

A SED - (Secretaria de Estado de Educação) divulga a lista dos 10 curtas selecionados pelo juri técnico que disputarão a fase final do I Festival de Cinema das Escolas Estaduais de MS – Prêmio “Joel Pizzini”, que serão exibidos na tarde de premiação no dia 18 de outubro, das 14 às 17h, no Museu da Imagem e do Som, em Campo Grande.

Em sua primeira edição, com caráter competitivo, o Festival objetiva se tornar um espaço de formação, criação, e incentivo à cultura e produção audiovisual dos alunos matriculados na Rede Estadual de Ensino.

Fases

O lançamento do Festival aconteceu no dia 8 de maio, no Museu da Imagem e do Som, localizado no 3º andar do prédio da FCMS, na avenida Fernando Correa da Costa, 559, no centro de Campo Grande. Na ocasião foi exibido o filme: “500 almas” de Joel Pizzini.

No dia 30 de agosto todos os trabalhos foram submetidos as regras e avalição do corpo de jurados, composto por profissionais renomados da área audiovisual sul-mato-grossense, a saber: Alexandre Sogabe, Lidiane Lima, Rodolfo Ikeda, Carlos Diehl e Francielle Gadotti.

O evento é realizado pelo NUAC - (Núcleo de Arte e Cultura), em parceria com o MIS (Museu da Imagem do Som), com apoio cultural da SETESCC - (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), por meio da FCMS - (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Fundesporte - (Fundação de Desporto e Lazer de MS) e Rede Educativa de Rádio e TV.

De acordo com o gestor do NUAC, Fábio Germano da Silva, o I Festival de Cinema das Escolas Estaduais de MS é mais uma ação que possibilita o exercício da criação artística e participação coletiva dos nossos alunos, com o intuito de provocar discussões acerca de temas de relevância com foco na educação.

Sobre a proposta desenvolvida pelos estudantes, Germano explica, “o tema escolhido foi o meio ambiente onde os alunos puderam compor seus roteiros e discorrer suas histórias de modo criativo e original embasados pela pesquisa, e especial atenção as questões mais urgentes e reais que envolvem o tema proposto”.

Selecionados

Com mais de 50 curtas-metragens inscritos, o Festival chega a final com 10 selecionados de vários munícipios de MS, como: Corumbá, Campo Grande, Água Clara, Nova Andradina e Rio Verde de Mato Grosso.

O Produtor Executivo da Rádio e TV Educativa, Carlos Diehl, ressalta a importância do audiovisual como ferramenta pedagógica, “visto que nossa vida está cada vez mais contextualizada nesta linguagem narrativa, seja nas redes sociais, nos cinemas, streamings, celulares e também nas tradicionais telas das tvs, e a escola tem que se aproveitar dessa ferramenta para novas abordagens de ensino que sejam atrativas aos alunos e façam sentido no dia a dia deles”.

“Fico feliz pelo resultado dos alunos, o nível me surpreendeu bastante, com trabalhos bem elaborados utilizando tanto a linguagem do documentário, quanto da ficção e por vezes até a chamada docuficção - que são obras de caráter híbrido, que apresenta ao mesmo tempo características típicas do documentário tradicional e elementos imaginários próprios das narrativas de ficção - e não foi só a capital, o interior também apresentou trabalhos excelentes", enfatiza Carlos Diehl

Reforçando a importância do I Festival de Cinema para o Estado, o diretor, roteirista, produtor audiovisual e cultural, Rodolfo Ikeda, pontua, “creio que ações como este Festival de Cinema fomentam o audiovisual local de forma ampla, de modo que as novas gerações possam perceber que é possível produzir cinema e audiovisual dos mais diversos modos, com as novas tecnologias e diferentes lugares, modos de fazer e pensar”.

“Ações como esta favorecem também a reflexão de nossas múltiplas características, propiciando ainda a criação das novas identidades do porvir de nosso estado - já multifacetado e muito rico culturalmente, mas que precisa de novos olhares, visadas e perspectivas, para o seu devido e necessário desenvolvimento”, menciona Ikeda

O homenageado desta edição, o cineasta Joel Pizzini salienta a magnitude do Festival, “estou contente de nomear esse prêmio, é uma proposta que vem em um bom momento, na qual o cinema brasileiro começa a recuperar seu espaço e ser valorizado. Quero testemunhar essa nova geração de autores e que seja a primeira de uma série de ações, visando a recuperação do circuito cinematográfico no nosso Estado. Sendo uma forma de estreitamento do cinema e a educação. Além de todo um aspecto simbólico de ser homenageado em vida”.

Premiação

Os 10 selecionados na 1º etapa receberão certificado e troféu. Os 3 primeiros colocados receberão também a seguinte premiação:

1º colocado – 01 celular no valor de R$ 2.000,00 (Dois mil reais)

2º colocado – 01 celular no valor de R$ 1.300,00 (Hum mil e trezentos reais)

3º colocado – 01 caixa de som no valor de R$ 700,00 (Setecentos reais)

Melhor Fotografia – Fone de ouvido no valor de R$ 500, 00 (Quinhentos reais)

Melhor Roteiro – Fone de ouvido no valor de R$ 500, 00 (Quinhentos reais)

Cineasta Joel Pizzini

Joel Pizzini Filho nasceu no Rio de Janeiro em 1960 e viveu um período de sua vida em Dourados, juntamente com a sua família. Seu trabalho no cinema inclui direção, roteiro, produção e cinematografia. Realizou os filmes: Último Trem (2014); Olho Nu (2012); Dormente (2005); 500 Almas (2004); Glauber Rocha (2004); realizado para a tv; Abry (2003); Enigma de um Dia (1996) e Caramujo-Flor (1988), dentre outros.

Recebeu diversos prêmios por seus filmes, entre eles o Prêmio Glauber Rocha de melhor filme concedido pela Jornada Internacional de Cinema da Bahia (1997), por Enigma de um Dia, o Prêmio de Melhor Filme do Festival de Cinema de Brasília, por 500 Almas (2004) e o prêmio de Melhor Documentário Prêmio CPFL Energia É Tudo Verdade “Janela para o Contemporâneo” para Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz (2012).

Por tão relevantes contribuições para a arte do cinema, a Secretaria de Estado de Educação decidiu homenagear o cineasta Joel Pizzini, que além de sua importante produção artística, mantém laços estreitos com a cultura sul-mato-grossense, sendo um autêntico representante da nossa identidade cultural e também pelo seu engajamento nas questões ambientais.

Adersino Junior, SED

Fotos: Arquivo NUAC