Educação mantém equoterapia para crianças da rede estadual de ensino durante as férias escolares

Mato Grosso

26.07.2024

Claryssa Amorim | Seduc-MT

Visando a importância do desenvolvimento contínuo dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras deficiências, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) manteve as sessões de equoterapia mesmo durante o período de férias escolares. Este programa terapêutico, reconhecido pela sua eficácia no apoio ao desenvolvimento cognitivo desses estudantes, segue ocorrendo em quatro haras de Cuiabá e de Várzea Grande, abrangendo mais de 500 estudantes.

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, madrinha do programa de equoterapia da Seduc, enfatiza que a inclusão é o melhor caminho para a integração social. “Tenho muito orgulho em ter o Programa SER Família Inclusivo como apoiador desta ação que beneficia estudantes da rede estadual com necessidades especiais. A meta é ampliar o atendimento de acordo com a demanda. A inclusão abre portas, este é o melhor caminho para integração social”, avaliou Virginia Mendes.

A decisão de não interromper as terapias foi inspirada no bem-estar e no progresso observado nos estudantes participantes. Segundo a fisioterapeuta dos estudantes da Rede Estadual de Ensino, Joyce Cassia, houve uma preocupação inicial sobre a pausa nas terapias durante as férias, considerando que o programa é um oferecimento do Governo do Estado por meio da Seduc. 

Segundo a profissional, a fisioterapia com o cavalo ajuda no equilíbrio, a enrijecer os músculos, melhora a postura cervical, principalmente. “A fisioterapia com o cavalo ajuda no equilíbrio, a enrijecer os músculos, melhora a postura cervical, além de ajudar no psicológico também. O quanto essas crianças amam a equoterapia não conseguimos mensurar. É uma terapia que traz vários benefícios para a saúde física e mental das crianças”, concluiu.

A continuidade das sessões foi recebida com entusiasmo tanto pelos estudantes como pelos pais, demonstrando o valor desse tratamento para o cotidiano dessas crianças e adolescentes.

Ana Luisa Rodrigues, uma estudante de 17 anos diagnosticada com autismo, vê na equoterapia não apenas um tratamento, mas um momento de introspecção. Ela faz equoterapia há 10 anos e, desde então, se tornou o seu refúgio, segundo a mãe Geisa Carla Rodrigues.  “Ela ama equoterapia. Esse programa que a Seduc nos oferta é excelente e fez bem em não interromper as sessões para não regredirmos nos avanços que já obtivemos”. 

A importância da equoterapia também vai além do âmbito educacional, infiltrando-se em aspectos físicos e psicológicos significativos para os estudantes. Joyce Cassia, uma das fisioterapeutas dos estudantes da Rede Estadual, destaca os múltiplos benefícios desta terapia, que incluem melhorias no equilíbrio, fortalecimento muscular, aprimoramento da postura cervical, além de contribuições vitais para o bem-estar emocional dos participantes. 

“Essa abordagem holística sustenta não apenas a saúde física, mas também a saúde mental dos alunos, amplificando sua capacidade de interagir com o mundo ao seu redor de maneira mais significativa e integrada”, completou Joyce.

Para o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, os depoimentos refletem a percepção generalizada sobre a importância dessas atividades, corroboradas pelos elogios dos familiares e pelo compromisso demonstrado pela Seduc em oferecer recursos contínuos para o desenvolvimento dos estudantes.

“Este projeto abraça a diversidade das necessidades estudantis, oferecendo um panorama terapêutico que transcende o convencional, adaptando-se para equipar esses jovens com ferramentas que lhes permitam executar as atividades diárias com mais facilidade e confiança”, completou o secretário.

Ele também destacou que a atenção e o investimento contínuo na equoterapia enfatizam a importância de abordagens inclusivas e adaptativas na educação e reabilitação, alinhando-se com uma visão de um futuro mais inclusivo e acessível para todos.

O programa de equoterapia oferta suporte integral aos estudantes com TEA (Transtorno do Espectro Autista), dislexia, TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), distúrbios comportamentais, motores, de linguagem, sensoriais, entre outros.