Boas Práticas
23.08.2019Texto de Ana Carolina Lima
Na capital paulista, Laura elencou algumas das dificuldades encontradas no início da gestão, em janeiro de 2015, e como se deu a busca e trabalho para solucionar os problemas existentes na rede estadual. “Quando a gente assumiu em 2015, tinha esse grande desafio de fazer com que os estudantes aprendessem mais. Muita coisa precisava ser feita com pouco tempo e poucos recursos”, recordou.
A análise inicial ocasionou no estudo das melhores formas de atacar o problema. O entendimento do que era a rede estadual, o que ela precisava e quais suas dificuldades fez com que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) firmasse parcerias, a principal sendo com a Fundação Lemann, ainda em 2016, com o programa Formar, auxiliando na construção pedagógica.
“Para atender as deficiências na parte de infraestrutura e recursos digitais e didáticos, também lançamos o Escolaweb. A gente queria utilizar os espaços que as escolas já possuíam, com a infraestrutura que ela possuía, então descentralizamos os recursos para as escolas e, hoje, todas recebem recurso para garantir conectividade e manutenção do laboratório de informática. Aliado a isso, tivemos a parceria com o pessoal do Instituto Natura na customização da plataforma escola digital. A Escolaweb funciona também como ambiente de formação e a gente criou uma rede pois todo mundo trabalha para fazer com que o programa seja uma ferramenta eficiente na escola”, afirmou Laura.
Trabalho pedagógico - Na ocasião, a secretária em exercício mencionou que, após a criação do Escolaweb, restou o desafio de trabalhar a visão e a competência. Para isso, foram criados três núcleos: Núcleo Estratégico de Acompanhamento Pedagógico, Núcleo Estratégico de Formação Continuada e o Núcleo Estratégico de Inovação e Tecnologia na Educação, responsáveis por fazer a ponte do trabalho desenvolvido na Seduc e as unidades de ensino para garantir a aprendizagem dos estudantes, fortalecendo a conexão entre as instituições.
“Montamos uma estrutura de formação em serviço na escola, na Gerência Regional e na Secretaria de Educação. Hoje o Neite [Núcleo Estratégico de Inovação e Tecnologia na Educação] funciona dentro da Seduc com braços em 13 Gerências e nessas Geres a gente conta com o apoio de técnicos de inovação e tecnologia. O papel desses técnicos é fazer a ponte entre a escola e a Secretaria, mapeando demandas de formação”, explicou.
Durante o desenvolvimento desta atividade com os técnicos, surgiu a oportunidade de implantação do Espaço de Formação e Experimentação em Tecnologia para Professores (Efex), a partir de uma parceria com o Cieb, o segundo do Brasil.
Para a secretária, o trabalho dos técnicos é importante para que a Seduc consiga falar a linguagem da escola, atendendo com mais eficiência e trabalhando na perspectiva de ouvir as necessidades das unidades de ensino para que as mesmas possam trabalhar dentro de suas necessidades. O intuito é fazer com que a escola faça uma autoanálise do que elas podem fazer para além do laboratório de informática e customize seus projetos de acordo com os professores que tem e com os desejos de seus alunos.
“Estamos num momento de reformulação do Ensino Médio, cada escola precisa ter sua identidade. É preciso ter uma forma de abordagem que resolva diferentes demandas. Todo nosso trabalho com inovação parte do pressuposto da formação – formar boas equipes, lideranças capazes de se apropriar de conceitos, de conteúdos e que isso possa fazer com que nossa rede avance”, concluiu Laura Souza no 18º Conecte-c.