O Governo do Estado de Goiás, por meio da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), avança rumo ao projeto GoiásTec: Ensino Médio ao Alcance de Todos. Para definir estratégias da mediação tecnológica, a secretária da Educação, Fátima Gavioli, realizou nesta segunda-feira (17/6), uma reunião com sua equipe para levantar o que já foi definido até o momento e estabelecer quais serão os próximos passos.

O programa propõe atender o Ensino Médio com metodologia inovadora por meio de aulas a partir de transmissão em tempo real, via satélite. De acordo com a superintendente de Ensino Médio da Seduc, Osvany da Costa Gundim Cardoso, as aulas serão ministradas em estúdio, fazendo uso da melhor solução tecnológica disponível, em larga escala, no sistema público e para a Educação Básica.

O objetivo é atender unidades escolares que, muitas vezes, por alguma dificuldade encontrada, limita o acesso de seus alunos às aulas presenciais. “Nossa intenção é oferecer às comunidades mais remotas o acesso às melhores condições de ensino”, afirma a superintendente. Segundo ela, a proposta é romper diversas fronteiras, sendo elas, isolamento, vulnerabilidade social, conhecimento, tecnologia, desenvolvimento local e desigualdade.

Saberes locais

Durante a reunião, a secretária Fátima Gavioli comentou que a implantação do projeto é uma importante iniciativa, que reflete o compromisso do Governo de Goiás em promover o fortalecimento e a expansão do Ensino Médio para todo o Estado. Segundo levantamento da Seduc, as escolas com maior dificuldade de acesso estão na região das comunidades calunga e por isso a secretária pediu especial atenção para esse público na definição de estratégias.

O programa, segundo Osvany, anseia consolidar os saberes locais, valorizando os interesses da população estudantil da região, trazendo novas perspectivas e possibilidades de desenvolvimento para o interior do Estado de Goiás. Tudo isso, segundo ela, para “demonstrar que a educação é caminho de transformação e inserção social”.

As aulas do programa serão ministradas por professores habilitados nos componentes curriculares, que vão passar por formação especifica. A ideia é extinguir assim a desigualdade entre o ensino urbano e rural. O programa tem previsão para ser iniciado em fevereiro de 2020 com atendimento no primeiro ano de 2.900 alunos em 115 escolas, nas comunidades calungas, indígenas, rurais e lugares com defasagem de professores habilitados em áreas específicas.

Por meio da tecnologia, a Secretaria Estadual da Educação também planeja levar a esses alunos capacitação na área profissional com a oferta de diversos cursos técnicos, que serão ofertados em parceria com a Educação Profissional de Goiás. Assim, o Governo de Goiás trabalhará no sentido de preparar os jovens tanto para a inserção na universidade quanto ao mercado de trabalho.