A Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), atenta à necessária reestruturação do ensino médio, está desenvolvendo uma série de ações pedagógicas com foco na melhoria da aprendizagem do estudante e a permanência desses jovens nas escolas. Nesta terça-feira (16/7) teve início a formação de 250 profissionais entre inspetores escolares, analistas educacionais e diretores de 71 escolas estaduais que ofertam a educação integral para estudantes do ensino médio. O encontro, que acontece em Belo Horizonte, será realizado até a próxima quinta-feira (18/7).

O objetivo é que a partir do segundo semestre as escolas que fazem parte do Programa de Fomento à Educação em Tempo Integral, do Ministério da Educação, já estejam inseridas na nova proposta pedagógica que tem como foco o Projeto de Vida do estudante – planejamento do futuro e protagonismo juvenil.

A formação é realizada a partir de uma parceria com o Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), que é o idealizador do Modelo Escola da Escolha, que serviu como base para a reestruturação da proposta pedagógica mineira.

Na abertura do evento, a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica da SEE, Geniana Guimarães, destacou que a educação integral não deve se configurar apenas como uma ampliação do tempo de permanência do estudante na escola. “Precisamos mais que ampliar o tempo, é necessário fazer com que esse tempo dedicado seja para a formação integral desse jovem. É preciso que eles queiram estar na escola e saibam o significado e o sentido de estar lá”.

A colocação da subsecretária foi reforçada pela consultora pedagógica do ICE, Ana Cláudia Farias Gomes, que também ressaltou a necessidade do jovem se apropriar da iniciativa. “O tempo do aluno na escola tem que fazer sentido”.

No ano em que Minas Gerais está construindo o currículo referência para o ensino médio, Geniana Guimarães também pontuou a importância de reestruturar a educação integral. “Essa política de educação integral que estamos repactuando vai muito ao encontro de algo de extrema importância e complexidade que estamos tratando este ano, que é o currículo do ensino médio. Ele é muito mais complexo que o do ensino fundamental, porque o ensino médio já é um desafio posto e seu currículo não traz alterações só no corpo documental. Ele é estruturante e vai movimentar a estrutura e organização das escolas”, afirmou.

A programação desta terça-feira incluiu a apresentação da agenda de trabalho e dos objetivos da formação, além de encontros que discutiram temas como princípios educativos e metodologias de êxito. Até a próxima quinta-feira (18/7), os inspetores, analistas e diretores participarão de mais 15 reuniões para debater diferentes assuntos relacionados ao tema.