Mato Grosso do Sul
11.09.2023A Escola Estadual João Ponce de Arruda, que oferta ensino em tempo integral, em Três Lagoas, foi convidada para participar da banca de artigo científico do CINTERCOOP (Centro Internacional de Cooperação para o Desenvolvimento) e do CRE-TL, Petrobras (Centro de Referência Esportiva e Educacional Três Lagoas) e teve dois projetos selecionados para ser apresentados no 14° Congresso do ICLOC, em São Paulo.
De acordo com a gestora Carmem Eliana Garcia, a unidade recebeu convbite e participou com os projetos “Luta pela paz” e “E-games”, que foram apresentados na banca para professores doutores da UFMS, diretores da Petrobrás, CRE12, Assistência Social, Secretaria Municipal, FUNDESPORT, teve a presença, também, de representantes do CRETL, Colégio Unitrês Objetivo e da Escola Estadual João Ponce de Arruda.
Socialização
Os projetos “Luta pela paz” e “E-games desenvolvidos na unidade escolar pelo professor de Educação Física Anderson Meira, em parceria e apoio do CRE-TL, abordou a problemática da dificuldade de socialização dos alunos durante o período de pandemia, que estavam naquele momento tendo resultados de conflitos verbais e falta de compreensão entre os colegas.
O objetivo principal do projeto é promover um ambiente escolar mais harmonioso e pacifico, onde os alunos possam desenvolver habilidades de comunicação eficaz, empatia e resolução de conflitos.
É baseado no uso de atividades relacionadas as artes marciais, apresentações de seminários pelos próprios alunos, pesquisas cientificas, festival e utilizando das lutas dos povos indígenas, comunidade local e regional como ferramentas para promover a paz e a convivência saudável entre os alunos.
No entanto, é importante ressaltar que o foco principal não estava lincado a violência física, mas também não foi deixado de lado esse assunto, mas sim na promoção de valores como o respeito, a disciplina, a autoconfiança e a autoestima.
as atividades do projeto incluíram aulas de artes marciais adaptadas para as faixas etárias dentro do festival de lutas pela paz e durante as aulas de educação física, onde os alunos viram durante as aulas as modalidades de esgrima (jogo de espada Europeu), capoeira (luta afro-brasileira), huka huka (luta índigena), judô (luta oriental) e jogos de oposição, onde foram ensinados além do aprimoramento da coordenação motora global, os princípios fundamentais, como o controle emocional, o trabalho em equipe e a resolução de conflitos de forma pacifica,
Além disso os alunos fizeram pesquisas cientificas sobre a diferença de lutas para brigas e apresentaram para as suas turmas os resultados em forma de seminários, fazendo com que eles trabalhassem dentro dos grupos o respeito mútuo, empatia, tolerância e a comunicação não violenta.
Também foi importante envolver toda a comunidade escolar, e instituições fora da comunidade escolar, “dessa forma conseguimos fazer com que toda comunidade escolar se empenhasse e se conscientizassem sobre a importância da paz e da compreensão mutua para uma convivência saudável”, lembra professor Anderson Meira.
ODS
As ODS trabalhadas nesse projeto foram: ODS 3 - Saúde e Bem-Estar: Ao promover um ambiente escolar harmonioso e pacífico, ODS 4 - Educação de Qualidade: O projeto incentiva o desenvolvimento de habilidades de comunicação eficaz, empatia e resolução de conflitos nos alunos, ODS 5 - Igualdade de Gênero: oferecendo as mesmas oportunidades de participação e aprendizado tanto para meninas quanto para meninos, ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes: O projeto tem como objetivo promover a paz e a convivência saudável entre os alunos, incentivando a resolução pacífica de conflitos, o respeito mútuo, a tolerância e a comunicação não violenta. Ao criar um ambiente escolar pacífico, contribui indiretamente para o ODS 16.
Por fim, é importante ressaltar que o projeto “lutas pela paz” não é uma solução isolada, mas sim parte de um esforço contínuo da escola em promover um ambiente inclusivo, respeitoso e pacifico. A parceria com profissionais da área de psicologia também pode ser valiosa para fornecer suporte emocional aos alunos e ajuda-los com as dificuldades de socialização.
“Com a implementação do projeto, esperou-se que os estudantes desenvolvessem habilidades de comunicação saudável, empatia e respeito, promovendo um ambiente escolar acolhedor e pacífico para todos”, finaliza diretora Carmem Eliana Garcia.
Adersino Junior, SED
Fotos: arquivo escolar.