Principal cultura agrícola da região do Caparaó capixaba, o café arábica está sempre nas pautas de estudos e também de lazer dos estudantes da Escola Bernardo Horta, em Irupi. Na última semana, aproximadamente 80 estudantes e professores visitaram o Café do Príncipe e o Paiol da Bel, propriedades rurais de Iúna e Irupi, que beneficiam cafés de qualidade. No local, eles conheceram de perto o processo produtivo e, também, apreciaram os atrativos naturais e turísticos da região, que fazem parte do Circuito turístico Serras, Águas e Cafezais.

No Café do Príncipe, a turma de estudantes do Ensino Médio conferiu o passo a passo para se obter um café premiado. O secretário de Turismo de Iúna, Cristiano Ricarte, acompanhou a turma durante o roteiro, que contou com visita à lavoura, teste sensorial dos grãos, degustação e muita conversa para tirar dúvidas. Os estudantes também conheceram a propriedade centenária da família Horsth, no distrito de São João do Príncipe.

“É uma iniciativa louvável dos educadores da Escola Bernardo Horta, pois os jovens se mantêm informados sobre as atividades cafeicultoras da nossa região e conhecem de fato o que os empreendedores estão realizando para melhorarem sua produção e ampliarem seus negócios, com o turismo, por exemplo. Trabalhos como este são muito importantes para valorizarmos nossos produtores e, também, incentivarmos os jovens a se desenvolverem no campo”, analisou Cristiano Ricarte.

Já a turma do Ensino Fundamental visitou a cafeteria Paiol da Bel, localizada na ES 185, em Irupi, onde provaram petiscos da roça, bolos, sucos naturais e degustaram o Café Serra Valentim. Ainda no roteiro, eles conheceram o restaurante Casarão dos Lagos, fizeram doações de alimentos ao Lar dos Velhinhos do Caparaó e conheceram o histórico Santuário de Santa Luzia (Água Santa).

A iniciativa faz parte do projeto “Passe Livre”, desenvolvido na Escola Bernardo Horta e que beneficia os estudantes aprovados (sem recuperação) em todas as disciplinas do trimestre. Eles recebem o “passe” para fazerem passeios organizados pelos professores de cada área de conhecimento, por quatro dias. Nesse período, os demais estudantes se concentram nas recuperações trimestrais na escola.

“É necessário aproximar o conteúdo escolar à vivência do aluno e da comunidade local, afinal, a educação não se dá apenas entre os muros da escola. Levar ao aluno algo significativo faz com que o aprendizado seja mais efetivo”, analisou a professora coordenadora de área (PCA de Linguagens e Códigos), Daize Miranda. 

Dia do Café

Para comemorar o Dia do Café, celebrado em maio, a Escola Bernardo Horta também promoveu, por meio dos professores e estudantes da EJA (Educação para Jovens e Adultos) uma feira temática aberta à toda comunidade. O projeto “Safra do Café 2019” contou com estandes com gastronomia local a base do grão, com orientações sobre o plantio da cultura, sobre os cuidados com o uso de agrotóxicos, adubação, colheita, despolpação, torrefação e classificação de bebida.