Professora aposentada trabalha como voluntária na alfabetização de estudantes do 6º ano

Tocantins

28.01.2025

A professora aposentada da rede estadual, Silvone Terra, foi professora regente por 25 anos na mesma unidade escolar, no Colégio Estadual Raimundo Alencar Leão, em Guaraí. Após se aposentar, em 2021, fez uma promessa de continuar ensinando e alfabetizando crianças e, em agosto de 2024, após receber um convite da então gestora, aceitou trabalhar como voluntária para alfabetizar quatro alunos do 6º ano, que estavam com dificuldades de leitura e escrita.

Silvone Terra contou que durante 25 anos foi professora, coordenadora pedagógica e orientadora educacional. “Depois que me aposentei não deixei de vir à escola, sempre encontrava um tempinho para vir visitar, pois considero aqui a minha escola, me sinto em casa. Então recebi o convite da diretora Mirelly para ajudar com esses alunos. Venho dois dias da semana, passamos cerca de uma hora e meia trabalhando com jogos, livros e escrita nos cadernos de atividades, considerando a dificuldade individual de cada um”.

O estudante Artur Costa Silva, de 11 anos, conseguiu ser aprovado para o 7º ano após participar das aulas de reforço da professora. “Gostei das aulas da professora e dos jogos. Eu tinha dificuldade de aprender, não sabia ler e escrever, então era muito chato participar das aulas, agora não gosto muito, mas estou aprendendo”.

Resultados positivos

A ex-diretora Mirelly Ferreira Barbosa ressaltou o processo e os resultados. “Diante das dificuldades enfrentadas com nossos alunos no que tange à alfabetização, convidei a professora aposentada Silvone Terra para ser nossa parceira nesse processo. E por meio do trabalho vocacionado e inteiramente voluntário dela, conseguimos encerrar o ano com resultados muito positivos. Os alunos dos 6° anos do ensino fundamental atendidos encerraram o ano lendo, escrevendo e interpretando, proporcionando, assim, uma educação inclusiva e de crescimento”, frisou.

Para a professora regente de Português, Eneide Lopes Ferraz, a ação foi boa e muito produtiva, porque tem aluno com dificuldade de letramento e vai passando de série. “No período da aula é complicado, a gente não consegue dar a atenção diferenciada que esse aluno que necessita, pois pensamos que ele já está alfabetizado quando chega ao 6º ano. E o aluno que tem dificuldade para ler e escrever, ele tem dificuldade para acompanhar, então fica disperso. Essa disponibilidade da professora tem que ser muito valorizada por nós, que estamos na sala de aula”, destacou.

 

Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins

SRE Guaraí/Governo do Tocantins