Piauí: CETI realiza projeto de consciência e igualdade racial

Igualdade Racial

04.10.2017

Com vestimentas típicas da cultura afro, professores e alunos do Centro Estadual de Tempo Integral - CETI  Desembargador Pedro Sá, de Oeiras, viveram um momento único na última sexta, 29, a culminância do projeto "CONSTRUINDO UMA SOCIEDADE COM CONSCIÊNCIA E IGUALDADE RACIAL".

O projeto foi aprovado e financiado pela FAPEPI - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí, sob mediação da professora Fernanda Ferreira, acompanhado da aluna bolsista do 3° ano, Melissa Miranda Lustosa Sousa; o qual envolveu todos os 323 alunos (1°, 2° e 3° anos) do CETI.

Os alunos deram um show de apresentação sob forma de músicas, poemas, danças; dentro do contexto da cultura africana. "Foi tudo perfeito e emocionante, é por este ângulo, que a gente pretende estar sempre engajado em projetos desenvolvidos na escola", disse a aluna Melissa Lustosa.

Objetivando o reconhecimento da diversidade para a construção do respeito ao outro, proporcionando cidadania de igualdade racial e desconstruindo o egocentrismo que ainda existe na sociedade, o projeto foi desenvolvido em maio e culminou em setembro com a importância de reconhecer a diversidade presente nas salas de aula e a importância da convivência pacífica frente às diferenças que, onde visa a construção de uma postura de tolerância e respeito ao outro, com relação a cor de pele.

Para Coordenadora do projeto, Fernanda Ferreira o ideal é fazer com que os alunos se afirmem com relação a sua identidade ética. "É muito difícil fazer esse contraste, às vezes você pergunta e o estudante tem receio de dizer a sua cor. Com o projeto fizemos com que eles se sintam enaltecidos. Desenvolvemos diversas atividades com diferentes fontes de informações, como livros revistas, documentários, que depois foram confrontados com dados obtidos em relação ao tema, aos estudos e pesquisas, além das discussões em sala de aula, reflexões sobre a diversidade, modo de vida e costume dos afros brasileiros, a sua presença na atualidade e no dia a dia", disse Fernanda.

Durante o estudo foi feito ainda uma pesquisa na cidade de Amarante Pi, com o objetivo de conhecer a comunidade quilombo, para melhor entendimento sobre o modo de vida deles.

"Nosso propósito é o de enaltecer a cultura africana, afro brasileira que tanto contribui para a riqueza do nosso país socialmente, culturalmente e economicamente, e que esse trabalho seja disseminado não só na escola, mas fora também do ambiente escolar. Sabemos que a discriminação pode não acabar, mas estamos fazendo a nossa parte. Assim os alunos de fato puderam ser conscientizados no combate a discriminação racial, nas diversas manifestações individuais que ocorrem dentro e fora da escola e em diversos lugares por ai a fora", completa a coordenadora.