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05.06.2019Ecossistema de um mangue é tema das pesquisas do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC Jr) da Escola Estadual João Crisóstomo Belesa, localizada em Cariacica. O principal objetivo é despertar a curiosidade dos alunos para a prática científica e estimulá-los a continuarem no ramo científico.
“A iniciação científica favorece a aquisição de conhecimentos básicos a respeito de ciência e tecnologia, promovendo o envolvimento e desenvolvimento de eventos científicos dentro do ambiente escolar, sendo considerada uma ferramenta para descobrir habilidades em jovens promissores na área da pesquisa científica, que não conseguem despertar suas habilidades devido a falta de estrutura ou estímulo adequado”, disse Karla Giavarini Gnocchi, professora responsável pelas pesquisas.
Por meio desse programa, os alunos passaram a ter acesso à prática científica reconhecendo técnicas de análise ambiental e técnicas de preservação e conservação de amostras, sendo capazes de analisar os dados coletados em campo e correlacionar esses dados com os impactos causados pelas ações antrópicas.
O projeto visa o monitoramento da água de diversos pontos do manguezal, avaliando as características físico-químicas da água para avaliar os impactos causados pelos poluentes nesses parâmetros ambientais. Diante disso, o objetivo da proposta que está sendo desenvolvida neste ano, é utilizar moluscos bivalves como bioindicadores da saúde ambiental do manguezal localizado no Bairro Porto de Santana, em Cariacica.
“Esses bioindicadores são utilizados para mensurar os impactos causados pelos poluentes lançados nesse ecossistema, possibilitando a elaboração de medidas para reduzir esses impactos. Além do caráter científico, nosso projeto tem grande importância social, pelo fato de diversas famílias da comunidade utilizarem produtos do manguezal com fonte de subsistência. Os desenvolvimentos de atividades com os jovens da região são sinônimo de transformação de vida, uma vez que muitos desses jovens passam por problemas socioeconômicos e estão inseridos em uma área de risco social”, relatou a professora Karla Gnocchi.