Alagoas
09.03.2022Fortes, guerreiras, determinadas e exemplares. Esse é um dos milhares de adjetivos que as mulheres merecem. A educação de Alagoas coleciona mulheres fantásticas que simbolizam tudo o que de fato são: ferramentas essenciais para o avanço. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), na rede estadual 72 escolas levam o nome de mulheres, sendo elas antigas professoras da rede, pesquisadoras, santas, princesas, alunas ou personagens que foram atuantes na política do estado.
Ana Coelho Palmeira, é uma delas, alagoana nascida em São Miguel dos Campos, em 1910, foi uma mulher forte e decidida, que atuou como professora de artes. Apaixonada por literatura, Ana traçou um caminho cheio de prêmios e marcado pelo compromisso em ensinar. Dois anos após seu falecimento, em 1987, a Miguelense recebeu uma homenagem: uma unidade educacional com o seu nome, a Escola Estadual Ana Coelho Palmeira, que hoje fica em Maceió, no bairro de Jacarecica, eternizando sua força e a sua importância na sociedade.
Na educação de Alagoas as mulheres conquistam e ocupam espaços muito importantes, um exemplo disso são as Gerentes Regionais: Sandra Vitorino, Alexsandra Rodrigues, Ana Paula, Heloiza Andreia e Edclea Ataide. Elas lideram a 1°, 2°, 3°, 6° e 10° Gerências Regionais da Educação, respectivamente e, juntas, atuam em mais de 40 municípios alagoanos, espalhando exemplo, determinação e profissionalismo.
Já nas escolas, a atuação das mulheres é marcada por muito carisma e dedicação. Com mais de 10 anos na educação, a professora da Educação Especial da Escola Estadual Maria José Loureiro, em Maceió, Palmira Bezerra, explica que a mulher é capaz de qualquer coisa e que tem orgulho de, além de atuar na educação, ser um exemplo para suas alunas. “Somos exemplo de resistência e de força. Acredito que conquistamos muita coisa. A mulher hoje pode ser livre e precisamos lutar para conquistar muito mais espaço. Hoje é um dia de reconhecimento, vitórias e de futuro”, ressalta.
O lugar da mulher é onde ela quiser e podemos encontrá-las em todos os ramos da educação. Silvana de Souza é mãe, avó, esposa, mulher e auxiliar de serviço gerais da Escola Silveira Camerino, localizada no Cepa, em Maceió. Com 20 anos de atuação na rede estadual, ela reforça que a mulher de hoje é independente e que todas devem ir atrás de seus sonhos e não abaixar a cabeça em nenhuma situação.
“Tenho duas filhas e uma neta, juntas somos mais fortes. Ensino a elas sempre que a mulher é poderosa e, que com garra, podemos ser o que sonharmos e ninguém deve colocar limite nos nossos caminhos”, enfatiza Silvana.
À frente da Seduc, o secretário de Estado da Educação, Rafael Brito, ressalta que o trabalho das mulheres na educação alagoana garante o futuro de milhares de jovens do estado. “A educação sempre contou com a força das nossas mulheres. No passado, no presente e no futuro, a rede pública sempre será impactada pelo trabalho das educadoras e servidoras alagoanas que, todos os dias, constroem uma nova realidade e marcam a história de nossos milhares de alunos”, enfatiza Rafael Brito.
Mulher na ciência alagoana
Tatiane de Omena, professora de química que trabalha há nove anos na educação de Alagoas, é protagonista de um espaço que por muitos anos foi tomado por homens: a ciência. Ela lidera grupos de meninas que desenvolvem projetos de iniciação científica, que inclusive ganharam prêmios, como o da FEBRACE, um dos mais importantes do Brasil. Seu exemplo de determinação reforça que a mulher pode ter voz, fazer ciência e ser reconhecida pela sociedade.
“Meu papel de educadora e mulher é mostrar que nós podemos. Falo para minhas alunas que elas podem casar, ter filhos, ser cientista, desde que sejam escolhas delas. Mulher é batalhadora, sinônimo de perseverança. Ser mulher é ter liberdade de expressão, e como educadora repasso isso todos os dias. Estamos vivendo um novo momento”, ressalta Tatiane.