Paraná
06.11.2025
Quase cinco anos após sua implementação, o modelo de ensino cívico-militar é considerado um sucesso. Segundo sondagem da Paraná Pesquisas, realizada a pedido da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), o modelo, que hoje atende a 312 escolas e cerca de 190 mil alunos da rede estadual, é aprovado por 89,3% dos pais e responsáveis e 90,4% de professores e pedagogos.
O grau de recomendação do modelo educacional também é muito alto, com 85,9% pontuando que indicariam o modelo para outros pais – sendo 62,9% dentro da categoria "Certamente recomendaria". Entre pais com 56 anos ou mais esse último indicador bate 73,6%.
Entre os principais pontos da pesquisa está a satisfação com a disciplina dos estudantes na escola. Entre os pais, 90% indicam satisfação. Dentro desse universo, 64,2% responderam que percebem que os estudantes estão mais disciplinados e 81,1% atribuem isso à implementação do modelo cívico-militar.
A pesquisa ainda aponta, entre os pais, que 70,5% concordam com a afirmação de que os filhos estão aprendendo mais após a adoção do modelo cívico-militar. A pesquisa ainda indica boa avaliação dos pais em relação aos diretores (91,5% de ótimo e bom) e aumento da proximidade da comunidade escolar (78,9%).
Entre os principais pontos positivos citados pelos pais ou responsáveis estão disciplina, respeito, uso de uniforme, aumento da carga horária e premiação dos estudantes.
“O modelo de ensino dos colégios cívico-militares visa não só a educação formal, da sala de aula, mas também a social, pensando na formação dos alunos como cidadãos”, avalia o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. “O sucesso do modelo pode ser comprovado pelos ótimos números da pesquisa e pela crescente procura por essas escolas".
Entre professores e pedagogos da rede estadual os números são muito similares, com 90,4% de satisfação com o modelo e 98,3% com o trabalho, chegando a 55,6% entre o recorte dos muito satisfeitos. O grau de recomendação para outras escolas é de 82,1% e para outros professores de 84,2%.
O levantamento também aponta que os professores foram aderindo ao modelo aos poucos. Apenas 46,3% afirmaram que eram a favor antes do início do modelo, e atualmente 69,9% se dizem favoráveis em comparação ao momento em que iniciaram o trabalho.
Assim como entre os pais, a disciplina é o principal ponto de consideração, com 73,5% de satisfação entre os professores. Os docentes também indicaram em 82,4% o grau de satisfação com os monitores militares que acompanham a execução do modelo no ambiente escolar.
Além disso, 51% avaliaram que o rendimento dos alunos melhorou no mesmo período e 66,9% disseram se sentir mais respeitados pelos alunos, em algum grau, com 88% se dizendo satisfeitos com o reconhecimento que recebem de estudantes e direção.
Entre os principais pontos positivos do modelo cívico-militar citados pelos docentes estão disciplina, respeito, organização e apoio pedagógico. O levantamento ainda aponta que 64,8% dos professores projetam a imagem de serem profissionais essenciais para o futuro do País.
NOVA CONSULTA – A Secretaria de Estado da Educação publicou nesta segunda-feira (3) a lista dos 50 colégios que passarão por consulta para eventual adesão ao modelo cívico-militar a partir do ano letivo de 2026. Esse processo será realizado nos dias 17 e 18 de novembro e contará com envolvimento de toda a comunidade escolar: pais e responsáveis, alunos e professores.
As escolas ficam em 34 cidades: Curitiba, Apucarana, Sabáudia, Arapongas, Engenheiro Beltrão, Cafelândia, Cascavel, Vera Cruz do Oeste, Japurá, São Tomé, Assaí, Dois Vizinhos, Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Marmeleiro, Guarapuava, Ivaiporã, Joaquim Távora, Abatiá, Laranjeiras do Sul, Loanda, Itaúna do Sul, Paiçandu, Maringá, Lobato, Antonina, Guaratuba, Paranaguá, Pontal do Paraná, Nova Esperança, Ponta Grossa, Toledo, Umuarama e Pérola. Elas reúnem 21,3 mil alunos e foram selecionadas a partir de critérios técnicos pelo Departamento de Educação.
METODOLOGIA – A Paraná Pesquisas ouviu 1.212 professores e pedagogos da rede e 1.510 pais e responsáveis durante o mês de outubro. As sondagens têm grau de confiança de 95%, com margem de erro de 2,9 e 2,6 pontos percentuais, respectivamente, para mais ou para menos.