Distrito Federal
19.09.2019Estudantes da rede ganharam 26 medalhas de ouro, 65 de prata, 128 de bronze e 721 menções honrosas
Determinação, persistência e estudos diários são ingredientes para o sucesso dos estudantes da rede pública que foram medalhistas na 14ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A cerimônia de premiação regional do DF ocorreu nesta quinta-feira (19/9), no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, com a presença do secretário de Educação, João Pedro Ferraz.
“Esse é um dia especial. Sou produto da escola pública e tenho muito orgulho disso! Essas medalhas são um símbolo de muitas outras que virão no caminho da vida de vocês”, ressaltou o secretário ao parabenizar os alunos.
18 milhões de participantes no país
Essa edição da Obmep teve mais 18 milhões participantes em todo o país. Aqui no DF, a premiação saiu para 940 alunos da rede pública: 26 medalhas de ouro; 65 medalhas de prata; 128 medalhas de bronze e 721 menções honrosas. Foram duas etapas de provas, uma objetiva e outra com questões abertas. A aplicação dos certames ocorreu em 2018 e a premiação neste ano.
“Nossos jovens devem ser protagonistas ao longo do processo de ensino. Nosso papel é dar suporte é sempre buscar melhores práticas para aprendizagem”, afirmou Matheus Bernardini, coordenador Regional da Obmep no DF.
Uma história de esforço
A história de Éverton Mendes, 15 anos, revela muitos traços de esforços diários até a tão sonhada medalha de ouro. Ele estudava no Centro de Ensino Fundamental Rio Preto, escola na área rural de Planaltina, e conquistou o ponto mais alto do pódio na 14ª edição da Olimpíada.
“Eu fui o primeiro medalhista da Obmep na minha escola e isso é motivo de orgulho. Estudei bastante para essa conquista. Meus professores foram maravilhosos e deram todo apoio na preparação para as provas”, contou Éverton, que atualmente está no 1º ano do ensino médio no Centro Educacional Várzeas e almeja cursar engenharia mecatrônica.
Até chegar ganhar a medalha de ouro, Éverton trilhou um o caminho de evolução. Já tinha conquistado duas medalhas de bronze e uma menção honrosa em outras edições. Além do estímulo da escola, o apoio da família foi fundamental no processo de aprendizagem. O pai de Éverton, Zeno Mendes, estava na cerimônia para prestigiar o filho. “Estou muito feliz. Ele é um menino muito dedicado, que sempre pesquisa novos coisas para aprender mais e mais”, relembrou o pai orgulhoso.
Esse apoio da família foi destacado pelo subsecretário de Educação Básica da SEEDF, Hélber Vieira, durante o evento. “A missão de educar é feita pelo estado, escola e família envolvidos no processo. A importância da família e dos amigos é fundamental para o sucesso dos estudantes”, afirmou.
Letícia Helena de Lima, 16 anos, estuda no Centro de Ensino Médio 1 do Guará, e também chegou cheia de sonhos e expectativas boas para o futuro na premiação da Obmep. Ela recebeu prata nessa edição, mas já é veterana na competição com dois bronzes e um ouro no currículo. “Eu me sinto bem hoje em receber essa premiação. Fico feliz e sei que ainda posso ir além. A matemática me inspira porque vejo que há várias formas de resolver um mesmo problema. Não existe só uma opção”, contou a adolescente.
A proposta da Obmep é incentivar caminhos que ultrapassem a matemática, como o desenvolvimento nas áreas de ciência, tecnologia e educação. O projeto tem abrangência nacional com vários órgãos em conjunto: Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), Ministério da Educação e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Podem participar das Olimpíadas, estudantes da rede pública e privada, do 6º ano do ensino fundamental até último ano do ensino médio. Todas as cidades administrativas do DF tiveram representantes da rede pública premiados.
Homenagem aos mestres
A semente do conhecimento é plantada com técnicas e motivação por vários professores durante o processo de aprendizagem e preparação dos estudantes para as provas. A cerimônia da Obmep também ressaltou a importância da contribuição desses profissionais da educação para a formação dos alunos.
A professora de matemática Marilene Mendonça é um desses profissionais apaixonados pela arte de ensinar. Ela já passou por várias unidades da rede pública de Ceilândia e treina crianças e adolescentes para as Olimpíadas dede a primeira edição. “Acho importante despertar a autoestima e o sentimento de acolhimento nesses meninos. Eles têm tanta capacidade e podemos ajudar a mostrar esse caminho. É tão gratificante chegar aqui na cerimônia e ver alunos de várias épocas que tiveram êxito”, destaca Marilene.
Thaís Rohrer, Ascom/SEEDF