A Seed-PR desenvolve desde julho deste ano o grupo de estudos Formadores em Ação. É uma proposta de formação em que os próprios professores apresentam a instrução para os colegas, fazendo uso de tecnologias e metodologias educacionais e ativas. O projeto tem como principal objetivo ressignificar as práticas pedagógicas curriculares.

O grupo iniciou com a oferta de formação nas disciplinas de Biologia, Ciências, Língua Portuguesa e Matemática, com mais de 6 mil educadores cursistas e 400 professores responsáveis pela instrução. A partir deste mês de novembro, o programa também vai ofertar formação nas disciplinas de Geografia, História e Química, contribuindo com a formação de 2 mil professores cursistas e com a participação de 120 professores formadores. Os professores formadores são selecionados via edital de credenciamento. Para os cursistas, há períodos específicos de inscrição.

O programa é proposto em modelo de roteiros de ação e dividido em ‘jornadas’ de formação. Cada jornada possui certificação de 20 horas. Em 2020, foram ofertadas três jornadas para as disciplinas de Biologia, Ciências, Língua Portuguesa e Matemática e uma jornada para as disciplinas de Geografia, História e Química. O programa de formação vai continuar em 2021, sendo ampliado para todas as disciplinas da matriz curricular.

Sobre o curso — Toda a formação é desenvolvida com base em roteiros, de forma a permitir estudo, planejamento e implementação da temática abordada em sala de aula — justamente o que dá significado para o aprendizado adquirido durante a formação, conforme explica Gilmara de Fátima Weingärtner, da Coordenação de Formação. “Com base na premissa da formação de professor para professor, o grupo de estudos tem dois papéis muito importantes: o professor formador e o professor cursista”, comenta. 

Cada professor formador orienta um grupo de 12 a 20 cursistas, com base no conteúdo do roteiro proposto pela Seed. Os professores cursistas, em trabalho colaborativo, desenvolvem as ações propostas e colocam o aprendizado em prática em sala de aula, com os alunos. Podem participar do grupo de estudo todos os professores da rede estadual de ensino que estejam atuando em sala de aula nas disciplinas em que a formação é proposta.

Gilmara reforça sobre a expectativa após a formação. “É esperado dos professores envolvidos uma mudança no processo de ensino e de aprendizagem dos estudantes. Com uma aprendizagem mais significativa, espera-se avanço nos índices de avaliação do estado”, completa.

Tecnologia a favor da aprendizagem — A professora Léia Desplanches dos Santos, que ensina Ciências e Matemática no município de Cerro Azul, participa do grupo de estudos e testemunha sobre o impacto da atividade. “Foi um aprendizado incrível. Confesso que no início do curso fiquei um pouco apreensiva devido ao uso das mídias tecnológicas no formato da educação remota. A partir do primeiro encontro, já me senti muito bem recebida pela tutora e isso contribuiu muito para que eu pudesse superar as expectativas quanto ao aprendizado e ao próprio curso”, comenta.

Léia explica que, na visão dela, a tecnologia sempre foi um desafio para os educadores em geral. “Creio que esse curso nos foi apresentado na época correta, pois eu estava meio perdida com tantas informações. O curso me auxiliou muito. Comecei com as videoaulas, que foram meu primeiro desafio. Fui aprimorando, aprendendo a usar as novas ferramentas e, de repente, a minha prática pedagógica foi acontecendo de forma espetacular”, declara a professora do Colégio Estadual Princesa Isabel. “Venci esse desafio e hoje posso dizer com propriedade que a partir desse curso serei uma outra professora. É maravilhoso saber que estou no caminho certo.”