Amapá regulamenta tabela salarial de tradutores e intérpretes de Libras

educação inclusiva

05.12.2019

Por Caroline Mesquita 

O governador do Amapá, Waldez Góes, sancionou, nesta quarta-feira, 4, em cerimônia no Palácio do Setentrião, a lei que regula a tabela salarial do cargo de tradutor e intérprete de Libras – Língua Portuguesa. A nova matéria altera a Lei Estadual nº 2.342/18, e reajusta o vencimento do cargo, que, inicialmente, era de R$ 1.470,00, passando para R$ 3.513,29.

Houve comemoração da categoria. Abymael Pereira, vice-presidente da Associação de Tradutores e Intérpretes de Libras/Língua Portuguesa do Amapá (Astilap), falou que a lei é uma conquista da comunidade surda, pois, considera a importância da profissão, valoriza o salário e também promove a acessibilidade ao surdo.

“A lei estabelece várias coisas, entre elas, a tabela salarial e o perfil de quem vai trabalhar como tradutor e intérprete de Libras. Desta forma, saímos do voluntariado, da amizade, para profissionais formados e reconhecidos pelo poder público, pelas políticas públicas e ações de todos os setores do estado”, comemorou Pereira.

A lei contribui para a efetivação da política de educação inclusiva no Amapá, e vai impactar na melhora da qualidade da alfabetização e da aprendizagem dos estudantes surdos. Além disso, com o reconhecimento do salário, haverá mais formações e concurso público destinado à categoria.

O governador Waldez Góes frisou que é essencial adotar medidas que possam valorizar e enriquecer a política educacional do estado e os seus agentes envolvidos, como os tradutores e intérpretes de Libras.

“Precisamos melhorar, por meio da política educacional, a inclusão na sociedade. Se queremos e defendemos um espaço cada vez mais inclusivo, com respeito às diferenças, grande parte disso é feito pelo processo educacional. Estamos trabalhando nisso”, falou.

A secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, lembrou que, por meio da Agenda do Servidor, a secretaria de Educação realiza permanentemente discussões com associações e sindicatos, o que permite construir uma política educacional de inclusão, participação, valorização e reconhecimento.

“Esta é a nona lei aprovada dentro de uma estratégia de avanço na política educacional. Agora, conseguimos reconhecer os nossos profissionais de Libras que atuam nas escolas e no Centro de Atendimento ao Surdo”, reforçou.