Maranhão
12.12.2017Compreender as concepções diferenciadas sobre as pessoas com deficiência em seus diferentes contextos sócio históricos; discutir temáticas relacionadas aos direitos da pessoa com Deficiência Intelectual (DI) na atual legislação; refletir sobre as práticas inclusivas nas suas diferentes modalidades; assim como, identificar as potencialidades e interesses do estudante com DI para direcionar o valor pedagógico. Com estes objetivos a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) realiza até quarta-feira (13), o Curso de Formação Continuada na área da Deficiência Intelectual.
Esta é a décima quinta formação realizada para profissionais da Educação Especial, só ano neste ano, e é a primeira de uma série de quatro formações que serão realizadas por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR). O curso, que tem carga horária de 32 horas, é direcionado a 100 professores da Educação Especial que atuam nas Salas de Recurso Multifuncional, nas 19 Unidades Regionais de Educação (UREs).
“Essa é uma ação que qualifica, melhora e faz com os professores desenvolvam um trabalho, realmente técnico, na área da Educação Especial, em todas as Salas de Recurso Multifuncional no estado do Maranhão. A formação continuada do profissional de Educação tem sido um dos grandes diferenciais do trabalho realizado na Seduc”, destacou Rosane Ferreira, Supervisora de Educação Especial da Secretaria.
Segunda ela, a Educação Especial é uma demanda do ensino que precisa de qualificação permanente e sistemática, sobretudo, nas práticas que demandam da Lei Brasileira de Inclusão e com relação à própria diretriz da Educação Especial que prescreve para esse eixo de educação.
Nesta segunda-feira (11), primeiro dia da formação, foram abordadas as temáticas sobre: o movimento em prol da inclusão: reflexões gerias; os direitos dos estudantes com deficiência intelectual; contextualização da Deficiência Intelectual: vivências relatos e questionamentos. Já nesta terça-feira (12), as abordagens serão voltadas para o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“Com este curso estamos totalizando mais de 500 horas de formação para a Educação Especial, específica por área do conhecimento. Com certeza é um grande salto que a EE dá no sentido de preparar os nossos educadores para atender a essa demanda da sociedade”, finalizou Rosane.
Os professores destacaram a importância dessa formação como parte das ações estratégicas para o desenvolvimento de uma educação inclusiva. “Essas formações são de grande relevância porque nos prepara para vencer os desafios da sala de aula. Nos oportuniza a melhoria do nosso conhecimento a cada formação que recebemos, porque a cada momento é algo novo, diferente”, Maria Madalena da Silva, de Caxias.
“Cada vez que o professor é qualificado melhora o atendimento com o aluno em sala de aula, muda a qualidade de vida desse aluno dentro da escola regular, já que a gente faz o atendimento na sala de recurso para que ele tenha atendimento na sala de aula regular. A gente sai mais preparado para lidar com o processo inclusivo, de fato”, disse Ana Cristina Perdigão, professora da Educação Especial de São Luís.
“Eu percebo a formação como uma grande oportunidade de alinhar as práticas e reestruturar e reelaborar conhecimentos que precisam ser desenvolvidos, porque a partir do momento que se trata com o aluno com deficiência, estamos tratando com um aluno específico, que traz limitações em relação à aprendizagem, mas, traz possibilidades que também são significativas. E o olhar homogêneo que muitas vezes ocorre em sala de aula impede esse desenvolvimento”, destacou Dayse Cortez, da Regional de Imperatriz.
Os demais cursos que serão realizados com recursos do PAR, são nas áreas da Surdez e Deficiência Visual, voltados para professores das Salas de Recurso Multifuncional, além do curso de Inclusão, que será voltado para gestores escolares.