Rio Grande do Sul
23.09.2024Para marcar o início do movimento de reflexão estratégica sobre a educação no Rio Grande do Sul após a crise meteorológica, a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc) realizou, no dia 19 de setembro, o workshop Construção da Agenda de Futuro da Educação no RS. Com uma série de painéis e debates no Instituto de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre, o evento contou com a presença do governador Eduardo Leite e da secretária da Educação, Raquel Teixeira, além de lideranças da Seduc e dos parceiros do governo durante o processo de reconstrução.
Ao longo do dia, os participantes discutiram quatro tópicos principais: educação infantil, alfabetização e integração das redes; novo Ensino Médio, educação integral e articulação com o mundo do trabalho; escola como um ambiente acolhedor, atrativo e conectado ao século XXI; e a valorização e o desenvolvimento dos professores e gestores educacionais. O objetivo é consolidar as contribuições desses diferentes atores para planejar o futuro das políticas públicas educacionais do Estado pelos próximos dez anos.
Na abertura da programação, Leite destacou que a política do governo tem sido pautada pela ampliação de dados na área da educação. “Não adianta termos metas se não soubermos exatamente onde estamos. Esses dados são oferecidos por ferramentas como o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] e o Saeb [Sistema de Avaliação da Educação Básica], além dos nossos sistemas de avaliação, reforçados nos últimos anos com as Avaliações Diagnósticas de Aprendizagem”, explicou.
"Não adianta termos metas se não soubermos exatamente onde estamos", explicou governador - Foto: Maurício Tonetto/Secom
Raquel enfatizou que, para garantir o avanço das políticas educacionais, é preciso um esforço de colaboração. “Temos as estruturas, os dados e o conhecimento necessário para avançar, mas não o fazemos na velocidade que o mundo requer. Este seminário é uma oportunidade de reunir as melhores mentes para refletir sobre como acelerar o processo”, disse. “A geração de crianças e jovens que está nas escolas hoje foi duplamente afetada, pela pandemia e pelos extremos climáticos. Precisamos oferecer a eles o melhor que a ciência e o nosso conhecimento permitem.”
O seminário teve a participação de representantes de entidades e instituições públicas e do terceiro setor – como Ministério da Educação, Movimento Brasil Competitivo, Instituto Ayrton Senna, Instituto Unibanco, Junior Achievement, Instituto Natura, Vozes da Educação, Fundação Lemann, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Todos pela Educação, União BR, Banco Master, Mega Edu, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas, entre outros.
"Temos as estruturas, os dados e o conhecimento necessário para avançar". disse Raquel - Foto: Maurício Tonetto/Secom
O seminário faz parte do Plano Rio Grande, que atua, desde maio, em três eixos de enfrentamento aos impactos das enchentes: ações emergenciais, medidas de médio prazo de reconstrução e um conjunto de ações de resiliência climática chamado Rio Grande do Sul do futuro.