Tocantins
03.07.2019Cláudio Paixão/Governo do Tocantins
Melhorar o desempenho profissional de professores da rede estadual de ensino, preservar a cultura e os costumes dos povos indígenas do Tocantins estão entre os objetivos do Curso de Formação de Professores em Magistério Indígena que chega à sua 30ª etapa.
Na solenidade oficial de abertura do Curso, que ocorreu nessa terça-feira, 2, no auditório do Colégio da Polícia Militar - Unidade II, em Palmas, a secretária de Estado da Educação, Juventude e Esportes, Adriana Aguiar, destacou que o aprendizado é construído de forma coletiva.
"O nosso propósito é fomentar a formação dos professores para que o processo de ensino e aprendizagem avance cada vez mais. Quem está aqui tem muito a nos ensinar sobre cultura e como vencer desafios. Estamos com uma parcela importante de profissionais que fazem a educação em nosso Estado e ajudam a melhorar a qualidade de vida dos estudantes", ressaltou a gestora.
O Magistério Indígena tem a duração de três anos. Nesta etapa, que ocorre do dia 1º a 26 de julho, serão recebidos 130 cursistas e, destes, 21 já estão na fase de conclusão do curso, e a formatura ocorrerá no dia 25 de julho.
Comprometida com a qualidade do ensino e com a oferta da educação para os povos indígenas, a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) iniciou a primeira etapa do Curso de Formação de Professores em Magistério Indígena em 1º de junho de 1998, com 93 professores indígenas. Desde então, foram formados professores que atuam na educação com os povos: Karajá, Javaé, Xambioá, Apinajé, Krahô, Xerente e Krahô Kanela.
O gerente da Educação Indígena, Waxiy Maluá Karajá, parabenizou os professores e destacou a importância da formação. "O mês de julho, que seria um mês de descanso para os professores, está sendo um mês de aprendizagem. A formação é primordial para que possamos vencer os desafios que enfrentamos no nosso dia a dia", destacou.
Resultados
O presidente do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena, da Diretoria Regional de Educação de Araguaína, e ex-aluno do curso de formação e mestrando pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Adriano Dias Karajá, falou da importância da sua passagem pelo magistério para sua atuação profissional. "Concluí o magistério em 2012 e foi o que me ajudou muito na minha atuação em sala de aula. E foi nessa caminhada que me inspirei a querer mais, resolvi fazer o mestrado e depois fui para o Conselho Estadual da Educação Escolar Indígena", contou.